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quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

BR-101 - "Rodovia da morte"

Há alguns meses eu não viajava pela BR-101. Na semana passada fiz o percurso entre Rio de Janeiro e Cachoeiro do Itapemirim e, percebi que pouca coisa mudou nesse trecho da rodovia. São dezenas de quilômetros sob risco constante, a estrada é praticamente toda em pista simples, o asfalto é irregular e cheio de emendas, com longos trechos de acostamentos precários e tráfego pesado.


Devido a sua localização e importância no cenário nacional, essa rodovia, não poderia estar na condição atual. Não é por acaso que as pesquisas da Confederação Nacional do Transporte (CNT) classificam as rodovias nacionais, em sua grande maioria, como regulares, ruins ou péssimas. Existem raríssimas exceções, como as rodovias estaduais de São Paulo e algumas rodovias federais.

No Espírito Santo a situação não é muito diferente, a única vantagem são as faixas de terceira pista nas subidas, o que facilita as ultrapassagens. Para piorar a situação a rodovia é pedagiada no Rio de Janeiro, com vários postos de cobrança, com diversas cabines normalmente fechadas. Por vezes, ao passar nos posto de pedágio, vi em funcionamento apenas o sistema Via Fácil / Onda Livre e apenas mais duas cabines para os demais veículos, o que atrasa a viagem.


Sou a favor da duplicação sim, da privatização também, mas com boas condições de tráfego. As praças de pedágios foram criadas e estão funcionando há mais de três anos e nenhuma melhoria efetiva foi vista. A desculpa é que o pedágio financia a duplicação da rodovia, mas as obras caminham a passos de tartaruga, enquanto o número de óbitos não param de crescer.  

Infelizmente os motoristas também tem uma grande parcela de culpa, pois muitos são imprudentes e não respeitam a vida, matando famílias inteiras, agindo como bandidos, em ultrapassagens criminosas, jogando a qualquer momento, quem vem no sentido contrário para fora da pista, numa pressa absurda e demostrando uma completa falta de respeito com os seus semelhantes. Não é a toa que a rodovia é chamada, por muitos, de "rodovia da morte". E, infelizmente, são raríssimos momentos em que se vê a Polícia Rodoviária Federal (PRF) atuando ao longo do trecho, somente em alguns postos, mesmo assim dentro das cabines.

Em suma, a pista é muito precária para o seu trânsito diário, qualquer motorista saí dela estressado e agradecendo o milagre da vida. E para quem encara a rodovia diariamente, ou vai encará-la nas festas de fim de ano e/ou férias, recomendo prudência e muita sorte.

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