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terça-feira, 27 de março de 2018

Trilha do Quebra Prato

Sabádo, bem cedo, eu, meu filho Pedro e uma equipe de jeepeiros saímos para a primeira grande trilha do ano, prestigiada por membros do Jeep Clube de Campos e São João da Barra e Quissamã (Arelama).


Após concentração em um posta da cidade, seguimos em direção a Lagoa de Cima, que está transbordando há dias. Lá encontramos um grupo de São João da Barra que nos aguardava desde a sexta-feira a noite.



A princípio, nossa intenção era "dar continuidade" a Trilha da Serraria, mas com a grande quantidade de chuvas do último mês e ao grande número de carros, trocamos o projeto inicial pela Trilha do Quebra Pratos, que por sinal foi boa demais.




Ao longo do percurso, acho que seis carros deram baixa, ou seja, apresentaram problemas diversos. Assim aproveitamos essas paradas para traçar estratégias, nos alimentamos e, também, nos refrescarmos.




Alguns parceiros, que não foram preparados para o pernoite, retornaram durante o dia e o demais, sem pressa, chegaram ao ponto previsto para acampamento um pouco além das 22h. Estávamos todos fisicamente cansados, mas há coisas na vida que não tem preço, e uma delas e poder estar com amigos fazendo o que gostamos.



Na manhã seguinte, tomamos um café da manhã reforçado, desarmamos o acampamento, e voltamos fazendo reparos e ajeitando os carros que ficaram no percurso. Como eu tinha compromisso em Campos e ainda tinha que ir para o Rio de Janeiro no domingo a noite, dei uma adiantada com alguns parceiros, chegando a Campos ainda durante o dia. No entanto, muitos só conseguiram retornar bem mais tarde. 


Com trilhas em dia e baterias recarregadas, seguimos até a próxima oportunidade!
Clique aqui para ver mais fotos.

quinta-feira, 22 de março de 2018

Já está agendada a 14ª Romaria de São Cristóvão

É isso mesmo devotos de São Cristóvão, faltam apenas 4 meses.


Já temos data agendada junto ao a Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes e ao Santuário de Santo Amaro. Será no dia 22 de julho de 2018, com concentração a partir das 7h no entroncamento RJ-216 e RJ-238 (Campos Farol com estrada dos Ceramistas), junto ao Posto 12 do BPRV-RJ. De lá, seguiremos para Santuário de Santo Amaro, para celebração da Santa Missa. Em seguida, ocorrerá nossa confraternização.

Mais uma vez, conto com todos vocês: devotos, caminhoneiros, motoristas, colaboradores e patrocinadores, para juntos fazermos mais uma festa de fé e devoção em louvor ao nosso padroeiro.

ESTAMOS JUNTOS!!!

domingo, 18 de março de 2018

Manual de Conduta do Bom Zequinha

Para descontrair, hoje compartilho um post Rosy Jipeira, publicado no grupo Jipeiros do Brasil:


Cargo: ZEQUINHA

Duração: Paciência do Piloto

DEVERES:
- Obedecer as ordens do piloto
- Ser voluntário para pagar a conta no posto de gasolina;
- Providenciar comida e bebida para o piloto;
- Encher o galão com água;
- Dar opinião apenas quando for questionado;
- Não tocar em nenhuma tecla/botão do painel, exceto com autorização do piloto;
- Em caso de atolamento, providenciar cintas e cabos para o reboque, bem como prendê-los no jeep;
- Em caso de roda livre manual, acioná-la quando necessário;
- Pagar a taxa de inscrição da trilha para o piloto;
- Quando estiver entre os jipeiros, elogiar a perícia e ousadia do seu piloto, bem como o estilo do jeep;
- Se houver travessia de rios, entrar e verificar a profundidade;
- Arrumar e organizar uma maleta com ferramentas e outra com roupas limpas, toalha, sabonete, tênis limpo e desodorante, apenas para uso do Piloto;
- Ao chegar em casa lavar cuidadosamente o jeep;
- Não tocar no PX, salvo ordem do piloto;
- Ir ao posto mais próximo e pagar para lubrificar o jeep;
- Pode tirar apenas uma foto, desde de que nela apareça o jeep e o piloto;
- É sempre voluntário para abrir trilhas com picaretas, pás e facões, bem como abrir e fechar todas as porteiras, sem que o piloto necessite se desgastar com estas ordens;
- Se houver churrasco no fim da trilha, providenciar rapidamente espetinhos para o piloto;
- É vetado ao zequinha sentar no banco do piloto;

DIREITOS
- Não há nenhum direito significativo.

Sem preconceitos galera, até porque, vira e mexe sou mais um Zequinha.😃😄😂

terça-feira, 13 de março de 2018

Trilha na Baixada - 2018

Após uma semana de muita chuva em nossa região, não resisti e comecei a chamar os trilheiros de plantão para darmos um passeio pela baixada campista, e a coisa tomou corpo... Teve  muito mais gente do que eu esperava.


Para começarmos bem o dia e bem abastecidos, tomamos café da manhã juntos, na sede do Jeep Clube de Campos (JCC). Por lá passaram não apenas associados mas amigos de longa data, também.


Iniciamos nosso percurso a partir da Fazendinha e de lá fomos buscando aceiros e estradas vicinais até Poço Gordo, onde nosso grupo aumentou, inclusive com uma galera em quadriciclos.



Percorremos diversas outras vias até chegarmos a localidade conhecida como "Facão", (tava uma isca para quem gosta de se aventurar e sujar seus brinquedinhos 4X4). Foi um tal de atola e desatola que valeu apena. Clique para ver mais fotos.



Estivemos também em uma cava de barro. Brincamos mais um pouco e retornamos pelo mesmo percurso até a sede do JCC, lá queimamos uma carne e contamos causos até o cair da noite.



A galerinha do Pissudos Off-Road, aproveitou a ocasião para fazer o resgate de uma "aranha", que batizaram, carinhosamente, de PISSUDINHO. Animados, afirmaram que irão colocá-la na pista novamente.



Em fim, essa energia do mundo off road é boa demais: Estar sempre com a família e amigos que sentem prazer em se aventurar como você.  Sem contar que estamos fazendo história e preparando uma nova geração de jeepeiros.

quinta-feira, 8 de março de 2018

Mulheres no comando do setor rodoviário de passageiros e de cargas

No Dia Internacional das Mulheres, a Confederação Nacional dos Transportes (CNT) conta a história de Nahyra Schwanke, caminhoneira, de Solange Correa, motorista de ônibus, e de Márcia de Almeida, taxista.


A alemã Nahyra Schwanke, que chegou ao Brasil ainda bebê, tem 88 anos de vida e 60 de estrada. Não é à toa que carrega o título de caminhoneira mais antiga do Brasil. Subiu pela primeira vez em um caminhão aos 28 anos por necessidades familiares e, eventualmente, dirige até hoje. A mãe tinha um comércio pequeno, que cresceu rapidamente, no município de Não-Me-Toque (RS). Daí surgiu a obrigação da compra de um veículo para otimizar a distribuição do que era plantado na roça. “Como eu já dirigia trator, ela me disse para eu tirar uma licença, porque, dali em diante, eu faria as entregas”. 

Desde que começou, não parou mais. Rodou o Brasil de ponta a ponta. A cada dia, se tornava mais conhecida. Passou a ser contratada por transportadoras para fazer o deslocamento das cargas – na maior parte das vezes, leite, arroz e cevada. Da vida na estrada, tem recordações felizes e tristes. “Passei muita fome, porque não conhecia as cidades, pegava muito frete barato e sempre ia sozinha. Mas tudo tem um lado bom. Fiz bastantes amizades. Hoje eu demoro para voltar para as cidades, mas, quando retorno, sempre me perguntam com carinho por onde eu andava”, lembra. 

A caminhoneira teve que conciliar a profissão com o papel de mãe da filha Saleti. “Quando viajava, eram cerca de cinco dias para ir e mais cinco para voltar. Tinha que deixar a menina com meus pais. Naquele tempo, não havia celular. Esperava encontrar um posto de gasolina para ligar para casa e ter notícias”. Na estrada, sofreu preconceito. “Sempre faziam brincadeiras e me perguntavam se eu sabia dirigir ou até mesmo se eu não tinha vontade de me casar. Eu não ligava. Eram poucos os comentários e, na maioria das vezes, os homens me ajudavam”, ressalta.

Foto: Matheus Bruxel/Agência RBS

Hoje, a agilidade já não é mais a mesma, nem a saúde. Nahyra passou recentemente por problemas sérios no pé e correu o risco de ter as pernas amputadas. Mas, mesmo com mais dificuldade, assim que se recuperou, voltou para o caminhão, hoje automático. As viagens também diminuíram, mas ainda acontecem. A receita para a longevidade sempre foi não discutir com ninguém e dirigir dentro da lei. “Nunca tombei nem virei o caminhão. Multas foram poucas. Também não me envolvi em acidentes. Eu gosto mesmo é de dirigir”. O atual caminhão é novo. E, apesar de ter capacidade para 40 toneladas, ganhou um apelido da dona. “Quando eu saio com ele, sempre falo: ‘vamos, trenzinho!’. E sigo viagem”. 

Tradição de família inspira motorista de ônibus

Desde criança, Solange Correa já sabia a sua vocação. “Eu olhava para o ônibus e dizia: um dia vou ser motorista. Minha mãe perguntava se eu tinha certeza, e eu dizia que era o meu sonho. Hoje estou aqui”, diz. São 27 anos no modal rodoviário, sendo 18 como motorista. Começou como cobradora, foi manobrista e depois se tornou condutora. A família de irmãos carreteiros e de irmã motorista foi o incentivo necessário para que ela seguisse na profissão. 

Coragem não faltou para lidar com o universo essencialmente masculino. “Aqui tem muito homem. Geralmente, nas reuniões da empresa, vão uns 30 homens e só eu de mulher. Inclusive, quando eu vim fazer o teste, só havia eu de mulher e 29 homens. Eles perguntavam se eu ia dar conta. Resultado: dez homens foram reprovados e eu passei”, lembra. 

Fotos: Marcos Borges

Segundo ela, além do estigma de que a profissão “é de homem”, é preciso pulso para lidar com o preconceito da sociedade. “Já teve passageiro que, quando viu que eu estava dirigindo, falou que não ia seguir viagem. Eu percebo muita hostilidade, inclusive das próprias mulheres. Só lamento para elas. Perderam uma grande motorista.” 

Solange acredita que as profissionais do sexo feminino devem ter mais coragem para ingressarem no setor, mesmo com todos os estigmas. “Falta mulher de peito para dizer: ‘eu quero, eu vou’. Existe muita cobradora que quer ser motorista. Eu falo: vai à luta. Se eu passei, você também consegue.” 

O amor pela profissão está estampado nas palavras da motorista. “Eu me sinto muito responsável pelo ônibus. Transporto vidas ali. Algumas vezes, levo 135 pessoas em uma viagem. Qualquer vacilo pode ser fatal. A gente deve ter atenção, responsabilidade e firmeza”, pondera. E finaliza ao dizer como se sente ao dirigir: “Eu me sinto livre, leve e solta. Conduzo melhor que muito homem aqui. São meus próprios colegas de trabalho que dizem”, brinca. 

Mais que taxista, conselheira dos passageiros

A taxista Márcia de Almeida começou na profissão por acaso. Após o falecimento do pai, também taxista, e de o irmão não ter levado o ofício adiante, a mãe resolveu passar a licença do veículo para ela. O amor pelo táxi foi instantâneo. “É algo que eu faço com gosto. O trânsito não me estressa. Cada dia é uma novidade. Você acaba virando psicólogo porque ajuda o passageiro a resolver as coisas dele”, diz. 

Nesses 22 anos à frente do táxi, já viu de tudo. “Teve história de amor e casamento desfeito. Já peguei passageira para seguir o marido com a amante. Já corri para ajudar uma pessoa que ia fazer uma entrevista de emprego. Já levei gente para velório e dei palavra de conforto. Já comprei remédio. São pequenos detalhes que te dão prazer para trabalhar”.

Ao mesmo tempo em que teve passageiros amistosos, também foi vítima de preconceito. “Algumas mulheres não quiseram entrar no meu táxi pelo fato de eu ser do sexo feminino. A explicação que eu tenho é que elas não devem ter conseguido dirigir ou têm medo do trânsito”, comenta Márcia, que não se importa com esse tipo de análise. 


Na maior parte das vezes, as lembranças do ofício são boas, até mesmo do casamento com outro taxista e da filha de 6 anos, fruto da relação. Para conciliar a rotina, a mãe dela cuida da menina. Márcia leva a criança todos os dias para a escola às 7h40 e trabalha até as 21h. Ela conta que, depois da era dos aplicativos, o número de casos de assédio no táxi cresceu porque os passageiros acabam tendo o número dela registrado no celular. “Quando eu percebo que a aproximação ultrapassa as relações profissionais, eu me posiciono e digo que estou fazendo um serviço de transporte e que é o meu trabalho. Rapidamente eles param”, enfatiza a motorista. 

E assim ela segue conduzindo seu carro diariamente e lutando pelos direitos da categoria na vida pública e política. Também batalha para que mais mulheres ingressem na profissão. Quando começou, eram somente 12 taxistas em Brasília. Em outros momentos, o número chegou a 80. Mas, após a crise econômica que atingiu o país, houve queda significativa desse número e, atualmente, cerca de 25 mulheres trafegam pelas ruas da capital federal.