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quinta-feira, 27 de junho de 2019

Fim dos reboques e depósitos do DETRAN-RJ é aprovado na ALERJ

Nesta quarta-feira (26) a Alerj — Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro — derrubou o veto ao projeto de lei 03/2019, de autoria do deputado Fabio Silva, que praticamente acaba com os reboques e depósitos no Estado do Rio de Janeiro.


O Governo havia rejeitado o projeto, mas a Alerj derrubou o veto e fez valer a Lei. Agora, quando o motorista for abordado em uma blitz do Detran RJ, ele terá o prazo de 7 dias para cumprir a exigência junto a um posto do órgão.

“Nossa luta começou com o fim das vistorias; agora, acabamos com a indústria das multas, reboques e depósitos. O cidadão tem o direito de resolver qualquer exigência antes de ser penalizado. Essa é uma grande vitória da sociedade. Faço o apelo ao Governo do Estado que faça valer a Lei e pare de rebocar os veículos, pois aprovamos a Lei, e Lei é para ser cumprida”, comentou o deputado Fabio Silva.

A medida não será um salvo conduto eterno para o motorista. A Lei estabeleceu que o motorista terá o prazo de 7 dias para apresentar o veículo devidamente regularizado no posto do Detran, mas se não o fizer, automaticamente uma informação constará no documento, registrando que o veículo está proibido de circular. Se for parado novamente numa blitz, o veículo será rebocado e levado para o depósito, como é atualmente.

A lei deverá entrar em vigor nos próximos dias, após a derrubada do veto.

quinta-feira, 20 de junho de 2019

5 Tecnologias que trouxeram mais conforto aos caminhões

Desenvolver caminhões cada vez mais confortáveis está entre os principais objetivos das fabricantes. O motivo é simples. Um motorista descansado gera maior rentabilidade e tem menores chances de provocar um acidente.

Ao longo dos anos várias tecnologias foram incorporadas para facilitar a vida dos motoristas em viagens longas permitindo uma condução cada dia mais leve e eficiente.

Confira 5 itens que sofreram modificações e fizeram os caminhões deixarem de ser brutos entregando cada vez mais conforto aos condutores.

CABINE


As fabricantes melhoraram o espaço interno. Hoje o motorista consegue ficar em pé dentro da cabine. As camas, por exemplo, são oferecidas em diversos tamanhos para se adaptar melhor a altura do condutor. Além disso, as mudanças internas resultaram em melhor isolamento acústico das vibrações e também aumentaram o amortecimento para reduzir o impacto das irregularidades da pista.

DIREÇÃO


A direção, antes classificada como pesada e dura, hoje é hidráulica e oferece regulagens. O volante também é multifuncional permitindo ao motorista acionar a maior parte das funções e acessórios que interveem na condução. Com isso o motorista passou a ativar determinadas funções sem ter de se afastar do volante. Os primeiros comandos que passaram a ser introduzidos no volante foram os sistemas de rádio/CD. Com o tempo os comandos de outros controles também foram sendo acomodados no volante. Hoje o telefone celular, rádio, cruise control, limitador de velocidade e computador de bordo podem ser ativados do volante.

BANCO


Melhorar a ergonomia é uma das principais preocupações das fabricantes atualmente. O assento do motorista passou a ter maiores números de regulagens, acabamento, apoio lateral. Entre as regulagens possíveis estão o ajuste do encosto, da altura, inclinação, amortecimento entre outras.

PAINEL


O painel multifuncional facilita o motorista ter acesso as informações do caminhão e assim melhorar a sua dirigibilidade entregando mais economia de combustível e como consequência maior rentabilidade. O computador de bordo, por exemplo, mostra código de falhas do motor e sinaliza possíveis anomalias.

CAIXA AUTOMATIZADA


Entre as diversas transformações ocorridas no transporte rodoviário de cargas nos últimos anos, a caixa de transmissão automatizada merece destaque. Aos poucos ganhou a preferência do motorista por poder dirigir sem ter de fazer as trocas de marchas. Este item, embora esteja disponível no mercado há cerca de 15 anos, ganhou impulso no mercado brasileiro há bem menos tempo, tornando-se item de série dos caminhões pesados produzidos atualmente no País.

A transmissão automatizada é uma caixa de câmbio manual, cujas trocas de marchas são realizadas por atuadores hidráulicos que recebem comandos eletrônicos para acionar a embreagem e fazer os engates.

quinta-feira, 13 de junho de 2019

Equipamentos básicos de segurança para o seu off-road

Equipamentos de segurança são fundamentais em uma incursão off-road. Veja alguns deles:


Quebra-mato – Feito originalmente para proteger a dianteiro do jipe, em incursões por regiões de mata fechada, o quebra-mato hoje é usado como acessório decorativo em muitos 4×4. Mas, em trilhas ainda é útil, quando em um choque com algum obstáculo natural, pode absorver parte do impacto, minimizando os danos nas partes dianteiras do veículo, como o faróis, lanternas, radiador e carroceria. 

Alguns modelos já vem equipados com o berço para instalação do guincho, neste caso, é bom se informar sobre como o acessório será instalado no seu veículo, pois o guincho é pesado e em serviço pode danificar os pontos de fixação, se forem mal dimensionados. 

Santo-Antônio – Fundamental para proteção dos ocupantes em caso de capotamento, o “santo-antônio” deve ser instalado por pessoal especializado, que fixe corretamente o equipamento na carroceria do veículo. Procure por modelos de marcas reconhecidas, que tenham certificado de garantia e protejam de fato os ocupantes em uma situação de risco. 

Gaiola – É um acessório para quem pratica off road em competições como rally, raid e indoors (ler texto sobre modalidades do off-road). O equipamento protege todo o habitáculo contra capotamentos radicais, e pode-se ver sua eficiência nos acidentes que acontecem em provas off-road, quando o carro praticamente desintegra e o piloto sai andando sem maiores conseqüências. 

Este equipamento, que deve atender a normas internacionais de segurança, também deve ser instalado por pessoal qualificado. 

Capacete – Item de segurança obrigatório entre pilotos e navegadores em praticamente todas as provas off-road. São construídos em material super resistente como o Kevlar, e alguns modelos são equipados com interfone, que permite o contato entre o piloto o navegador. 

Banco concha – Projetado para acomodar o piloto/navegador, tem como função também, manter o corpo preso ao banco em curvas de alta velocidade, quando os encostos laterais o mantém seguro na melhor posição para manobrar o veículo. 

Cinto de segurança – Existem modelos especiais para competição, que em conjunto como banco concha prendem o piloto com a máxima segurança, evitando que o corpo balance muito durante a prova, e ainda mantendo-o preso em caso de acidentes mais sérios. 

Freio a disco – Este é para quem tem um 4×4 mais antigo, equipado com freios de lona e tambor nas quatro rodas. Fácil de adaptar, o kit de freio a disco garante frenagem mais eficiente mesmo quando molhado após a travessia de um rio, coisa que o sistema de lonas não garante. 

Normalmente vendido para instalação nas rodas dianteiras, pode também ser montado nas quatro rodas. Quando decidir instalar um kit de freio a disco, informe-se com a loja ou oficina sobre o modelo dimensionado corretamente para seu 4×4, pois o uso de um kit mais barato nem sempre é sinônimo de qualidade, tome cuidado.

Este texto foi escrito por: João Roberto Gaiotto, especial para o Webventure

quinta-feira, 6 de junho de 2019

Mudanças na CNH e na lei de trânsito podem aumentar mortalidade

País já ocupa o terceiro lugar em mortalidade no trânsito entre 88 países, e com mudanças feitas sem base técnica, situação tende a piorar.

A indústria da multa vai deixar de existir no Brasil“.

A promessa foi feita nesta quarta-feira (05) pelo presidente Jair Bolsonaro sobre o projeto de lei que modifica o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e foi entregue ontem pessoalmente a Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados.


Transito: "Política Pública só é efetiva quando feita com base em evidências" (Levi Bianco / Contributor/Getty Images)


Para virar lei, o texto ainda precisa ser aprovado em maioria simples pela Câmara e pelo Senado Federal. Elaborado em parceria com o Ministério da Infraestrutura, ele altera 17 artigos do CTB. 

Algumas das mudanças têm pouco efeito prático, como uma nova definição do que é um ciclomotor. Há outras, contudo, que geram uma série de críticas por ignoraram estudos estatísticos sobre mortalidade no trânsito — considerada até hoje como uma epidemia pelas autoridades brasileiras. 

Dentre elas está a extensão do prazo de validade da CNH de cinco para dez anos e o aumento de 20 para 40 nos pontos necessários para o condutor perder a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) no período de um ano. O presidente disse hoje que se dependesse dele, o número seria 60. 

Também está na lista de mudanças o fim da multa de 293,47 reais a quem deixar de usar cadeirinha para crianças de até sete anos e meio, substituídos por uma advertência escrita, e a multa mais branda para motociclista que estiver sem viseira ou óculos de proteção. 

Segundo o mais recente relatório da Organização Mundial da Saúde, em 2016 o Brasil teve 19,7 mortes no trânsito a cada 100 mil habitantes. Com isso, ocupa o terceiro lugar entre 88 países considerados com base de dados confiáveis nessa área, atrás somente de Belize e da Índia. 

Só em 2017, segundo dados mais recentes do Ministério da Saúde, 37 mil brasileiros morreram no trânsito enquanto outros 380 mil tiveram algum tipo de sequela e precisaram receber indenização, de acordo com o Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre, mais conhecido como DPVAT. 

“Apesar das estatísticas de trânsito no Brasil, o governo usa uma pauta sem fundamentos técnicos onde o Estado deixa de intervir na segurança da população. Isso impacta não só nas vidas humanas, mas traz todo um prejuízo para a saúde pública e para a economia”, diz Pedro de Paula, professor da FGV Law e coordenador em São Paulo da Iniciativa Bloomberg para Segurança Global no Trânsito. 

O impacto, de fato, é significativo. Segundo dados do Ministério da Saúde, no Brasil, mais de 60% dos leitos hospitalares do Sistema Único de Saúde (SUS) são ocupados por vítimas de trânsito. Nos centros cirúrgicos, 50% da ocupação também é por vítimas de acidentes rodoviários. 

Já em uma perspectiva econômica, o Observatório de Segurança Viária estima que os acidentes no trânsito resultam em custos anuais de 52 bilhões de reais para os cofres públicos. 

Também há um impacto específico na mortalidade no auge da sua idade produtiva. Levantamento do Conselho Federal de Medicina mostra que, na última década, 1,6 milhão de brasileiros morreram no trânsito. Desses, 60% envolveram vítimas com idade entre 15 e 39 anos. 

No caso das cadeirinhas, por exemplo, o presidente afirma que “no Rio de Janeiro, o pessoal faz plantão em cima de escola onde o pai paga R$ 3 mil, R$ 4 mil de mensalidade. Escola pobre não tem multa. Então é um negócio direcionado para tirar dinheiro do povo”. 

Contudo, o estudo da OMS mostra que o uso do utensílio pode reduzir em até 60% a chance de morte de crianças em acidentes de trânsito. No Brasil, o número de acidentes fatais com crianças caiu 12,5% desde 2008, quando o item se tornou obrigatório. Segundo o Ministério da Saúde, naquele ano os registros foram de 319, contra 279 em 2017.


Alternativas

Se o objetivo do governo de Jair Bolsonaro é reduzir a chamada “indústria da multa”, há outras medidas que poderiam ser tomadas nesse sentido minimizando o impacto sobre a integridade física dos brasileiros.

Para Ricardo Hegele, diretor científico da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (ABRAMET), seria atrativo se o governo deixasse de aplicar multas em circunstâncias de baixo potencial ofensivo, como estacionar em local proibido, que hoje custa 130,16 reais.

“O CTB considera como gravíssimo quando o motorista anda 50% acima do limite da velocidade. Agora, ele pode fazer isso três vezes e nada vai acontecer”, diz Hegele. 

Em termos práticos, é como se na Rodovia dos Bandeirantes, cuja velocidade é de 120 km/h, o motorista trafegasse a 179 km/h, sem nenhum prejuízo além do financeiro. 

A discussão sobre a mudança no trânsito brasileiro é o fato de o governo não ter apresentado nenhum estudo técnico que embase a sua decisão, na contramão das evidências de redução nas mortes com maior fiscalização e obrigações, também ignorando as melhores práticas internacionais. 

“Política Pública só é efetiva quando feita com base em evidências”, conclui Hegele. 

Além das mudanças inseridas pelo projeto, o presidente também já determinou a suspensão da instalação de novos radares de velocidade nas rodovias federais não concedidas à iniciativa privada. 

A decisão foi questionada pela Justiça Federal, que pediu os estudos técnicos que embasaram a decisão. O prazo venceu no último dia 31, sem resposta do governo Boslonaro.

Ricardo Sennes, sócio da consultoria Prospectiva, avalia que o projeto de lei foi desenvolvido para “agradar a base estrita do eleitorado” de Bolsonaro. O objetivo, segundo o analista, é agradar uma classe média urbana que tem nas questões das multas um tema negativo.


Principais mudanças

  • Pontos na carteira
Como é: a suspensão da CNH ocorre quando o condutor acumula 20 pontos
Projeto: dobra o limite e o condutor perde a habilitação após 40 pontos
  • Renovação da CNH
Como é: obrigatoriedade de renovação a cada cinco anos
Projeto: obrigatoriedade de renovação a cada dez anos
  • Transporte de crianças
Como é: crianças de até sete anos e meio devem ser transportadas em cadeirinha, com multa por descumprimento de R$ 293,47
Projeto: continua valendo a obrigatoriedade de transportar crianças de até sete anos e meio na cadeirinha, mas agora não haverá mais multa financeira, apenas uma advertência por escrito
  • Luz diurna
Como é: o condutor é obrigado a manter o farol baixo aceso de noite e dia “nos túneis providos de iluminação pública e nas rodovias”. Hoje a infração é média, com multa, e dá até 4 pontos na carteira
Projeto: mesmas especificações, mas a infração diminui para 3 pontos na carteira e não haverá multa
  • Exame toxicológico
Como é: condutores das categorias C, D e E, como caminhoneiros e motoristas de ônibus, devem fazer o exame a cada dois anos e meio
Projeto: elimina a obrigatoriedade do exame para detectar consumo de substâncias psicoativas
  • Multa para motociclista
Como é: o capacete deve ter viseira ou óculos de proteção, com multa gravíssima e suspensão do direito de dirigir
Projeto: abranda multas para infrações cometidas por motociclistas, como transportar mercadorias em desacordo com as normas e não há mais obrigatoriedade de viseira ou óculos de proteção. A multa baixa para média e não há suspensão da carteira
  • Ciclomotor
Como é: o CTB diz que ciclomotor é um “veículo de duas ou três rodas, provido de um motor de combustão interna, cuja cilindrada não exceda a 50 cm³ (3,05 polegadas cúbicas) e cuja velocidade máxima de fabricação não exceda a 50 km/h.”
Projeto: define que ciclomotor é um “veículo de duas ou três rodas, provido de motor de combustão interna, cuja cilindrada não exceda a 50 cm³ (3,05 polegadas cúbicas), ou de motor de propulsão elétrica com potência máxima de 4 quilowatts, e cuja velocidade máxima de fabricação não exceda a 50 km/h”