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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Velho Land Rover Defender renasce modernizado – e mais potente que o novo

25 unidades serão produzidas, mesclando estilo clássico com mecânica e estética renovadas. Compradores aprenderão a extrair o máximo do carro nas trilhas

Nada melhor que um Defender “raiz” para celebrar o rali “hardcore” Divulgação/Land Rover

Um dos ralis mais selvagens já feitos, o Camel Trophy levou a Land Rover aos mais diversos cenários fora-de-estrada: do Brasil à União Soviética, passando pelas selvas asiáticas e ilhas da Oceania.

A publicidade positiva e legado da competição agora são celebrados pela fabricante, que relança, em série exclusiva, o Defender Works V8 que marcou presença na competição de 1984 a 1989, em diferentes versões.

As 25 unidades da série, batizada de Trophy, seguem as especificações de 2012 do Defender Works, desenvolvida pela Land Rover Classic e os parceiros Elliot Brown, Fat Face e Musto. O preço também não tem modéstia, e parte de 1,4 milhões.

Exclusivos, os decalques trarão nome e nacionalidade do proprietário Divulgação/Land Rover

O motor é o V8 5.0, claro, com 399 cv de potência e 52,5 kgfm de torque. A transmissão automática da ZF com oito marchas. A tração é integral e, além do diferencial, há dupla embreagem e conversor de torque no sistema. O Defender da nova geração mais potente tem motor V6 híbrido leve e 340 cv.

Interior é sóbrio mas traz detalhes luxuosos Divulgação/Land Rover

Ciente de que essa resiliência é quase obrigação no Defender, a Land Rover preparou uma série adicional de itens exclusivos à Trophy, que incluem carroceria sob medida inspirada nas variantes 90 (curta) ou 110 (Station Wagon) pintada com tinta amarela Eastnor, assim como as rodas de aro 16. Já o capô, para-lamas e porta traseira vêm em preto Narvik.

Um deles é o relógio Elliott Brown no painel Divulgação/Land Rover

Apesar das linhas clássicas, o Defender Trophy tem seu quê de moderno, já perceptível nos faróis full-led — inclusive os de longo alcance, no teto. No interior, ocupantes se acomodam em bancos de couro Windsor com forma Recaro e têm à disposição sistema de entretenimento sem telas, mas com navegação integrada e conectividade a celulares.

A Land Rover faz questão que os carros sejam usados intensamente — e até dará cursos aos compradores
Divulgação/Land Rover

Os detalhes fazem diferença, e há decalques comemorativos do rali feitos sob medida aos proprietários, com nomes e bandeiras tal como os pilotos e navegadores da antiga corrida.

Existem também quebra-mato, gaiola externa multiponto, rack de teto, proteção ao assoalho, snorkel e pneus fora-de-estrada — sem desculpas para manter o Defender longe do mato.

O preço também é hardcore: pode superar o R$ 1,5 milhão Divulgação/Land Rover

Rali de desgaste

Um dia normal no Camel Trophy de 1992, na Guiana Fluffyghost/Acervo pessoal

Criado em 1980, o Camel Trophy sempre se destacou em relação ao WRC e Rally Dakar por seu grau de dificuldade, causado por ambientes hostis até mesmo ao trekking.

Entre 1983 e 1997, a Land Rover foi patrocinada do evento diversas vezes, utilizando os Série 3, Defender, Discovery e Freelander, pintados no icônico amarelo que remetia aos cigarros Camel.

Além das selvas, o rali percorreu os cantões da Austrália, Sibéria e a Mongólia com seus carros altamente preparados.

A Defender campeã de Bob Ives serviu de inspiração à série comemorativa e hoje é peça de museu sv1ambo/Acervo pessoal

Os compradores da série exclusiva poderão sentir um pouquinho disso, já que a empresa prepara uma expedição com todos eles para o final do ano. Misto de competição e curso — com direito a dicas do vendedor do rali em 1989, Bob Ives, o evento é incluído no preço do carro, e ocorrerá ao longo de três dias nas proximidades do castelo de Eastnor, Inglaterra.


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