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terça-feira, 5 de junho de 2018

Aprenda a calcular com a nova tabela de frete

A tabela de fretes divulgada no último dia 30 pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), na semana passada, já está em vigor e deve ser utiliza até os primeiros dias de 2019. No entanto, pelo que me parece a tabela apresentada para cargas perigosas está errada. Não há como um frete desse tipo de caraga, que na maioria das vezes não tem retorno, ter um valor menor que o de carga comum. Confiram aí e vejam se não estou certo. 




A Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT divulgou na semana passada, no dia 30, a nova tabela de frete, com preços mínimos referentes ao quilômetro rodado na realização de fretes por eixo carregado. A fixação de uma tabela de frete foi uma das exigências dos manifestantes durante a greve dos caminhoneiros.

Várias medidas foram prometidas por parte do governo federal para que caminhoneiros cessassem as paralisações. Mas quais dessas medidas já estão valendo? Confira no link.

As tabelas têm caráter obrigatório para o mercado de fretes do país e foram elaboradas em conformidade com as especificidades das cargas e estão divididas em: carga geral, a granel, frigorificada, perigosa e neogranel. As informações são da EBC.

Os valores da tabela de frete mínimo valem até 20 de janeiro de 2019. As tabelas seguintes deverão ser publicadas até os dias 20 de janeiro e 20 de julho de cada ano e serão válidas para o semestre em que forem editadas.

É importante lembrar que os valores estabelecidos pela tabela são valores mínimos. Isso significa que se o motorista fizer seus próprios cálculos e chegar à conclusão de que o frete deve ser mais alto, ele tem o direito de cobrar um valor acima do indicado na tabela. 

Como calcular?

Os valores da tabela definem quanto deve ser cobrado dependendo da quantidade de eixos de caminhão e quilômetros a serem rodados. A ANTT divulgou um arquivo com os valores divididos em 5 categorias de carga, além de uma planilha de simulação dos custos de frete.

O Pé na Estrada disponibiliza um arquivo com os cálculos por eixo/km já prontos, para visualizar clique aqui.

Para usá-lo, você precisa saber: 
o tipo de carga a ser carregada 
quantidades de eixos do seu caminhão (cavalo+carreta) 
distância a ser percorrida 

POR EXEMPLO:

Um motorista fará rota São Paulo x Rio de Janeiro com um caminhão trucado, transportando móveis. Essas são as informações sobre a viagem que serão usadas: 
- tipo de carga: móveis (carga geral) 
- quantidades de eixos: 3 eixos 
- distância: 431 km 


Então, de acordo com a tabela, o valor cobrado por frete será referente à quantidade de eixos multiplicado pela quilometragem a ser rodada. Neste caso: R$ 3,00 x 431 km.

O frete custará R$ 1.293,00.

Esse é o valor do frete apenas de ida. Se a viagem não tiver retorno garantido, o estradeiro deve cobrar o valor do frete em dobro.

OUTRO EXEMPLO:

Um motorista fará a rota Goiânia x Belo Horizonte, com um bitrem. O veículo é um caminhão tanque. Essas são as informações sobre a viagem que serão usadas: 
- tipo de carga: combustível (carga perigosa) 
- quantidades de eixos: 7 eixos 
- distância: 910 km 


Então, de acordo com a tabela, o valor cobrado por frete será referente à quantidade de eixos multiplicado pela quilometragem a ser rodada. Neste caso: R$ 4,27 x 910 km.

O frete custará R$ 3.885,70.

Assim como o exemplo anterior, esse é o valor do frete apenas de ida. Se a viagem não tiver retorno garantido, o estradeiro deve cobrar o valor do frete x2.

Por Pietra Alcântara

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