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quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Passeio Ecológico

Como informei aqui na semana passada, no último sábado, eu e integrantes do Jeep Clube de Campos seguimos para Lagoa de Cima, lá fizemos um passeio ecológico, onde recolhemos muito lixo e fizemos plantio de árvores.



Confesso que fiquei impressionado ao ver a quantidade e variedade de lixo que a população descarta, a céu aberto sem nenhum cuidado. Na verdade,  aquele espaço é utilizado com área de lazer de muitas famílias durante todo o ano, e aí eu me questiono... Como pode alguém querer se divertir em um espaço em que não cuida? Como pode sentar-se  e deixar seus filhos brincarem em um espaço repleto de fraldas descartáveis sujas entre outras coisas? Como irão ter sombra se a maioria dos pés das árvores existem são queimados com carvão de churrasco? São coisas incompreensíveis e abomináveis. 



Enfim, é triste ter que chegar a essa conclusão, mas problema consiste na falta de educação da população, sei que não posso generalizar, mas tem muita gente que parece ser irracional e momentânea. O meio ambiente não se resume no hoje, a casa comum é nossa responsabilidade. Não podemos esperar pelo próximo, o trabalho é individual é diário. O que fizemos é paliativo, foi o verdadeiro trabalho de formiguinha, mas fizemos. Ficar só na discussão e debate não nos levará a lugar nenhum.



Ao encerrar a programação do dia, seguimos para Pousada Recanto da Família, para confraternizar com velhos e novos amigos. Dona Tereza e Sr. Tadeu nos receberam com o carinho de sempre. 



Saímos de lá já era noite, após Sr. Tadeu preparar um pão caseiro maravilho. Estava tão bom que ninguém lembrou de fazer um  registro, só saboreamos com um cafezinho dos deuses. Valeu o dia! Valeu a atitude família JCC! Que nossa iniciativa sirva de exemplo a demais instituições e a população de uma forma geral.

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Impactos causados pelo lançamento de resíduos nas águas

Mais da metade do planeta Terra é ocupada por grandes oceanos e mares. Estima-se que em torno de 6.4 milhões de toneladas de lixo marinho são descartadas nos oceanos e mares a cada ano. Mais de 13.000 pedaços de lixo plástico estão, atualmente, flutuando em cada quilômetro quadrado de oceano. Muitos animais marinhos ingerem estes resíduos confundindo-os com alimentos.

A ingestão de plástico e outros resíduos está relacionada aos hábitos alimentares das tartarugas marinhas. As espécies que não perseguem suas presas, como a tartaruga-verde, estão mais sujeitas ao problema. A tartaruga-de-couro, que se alimenta principalmente de águas-vivas, também é um alvo fácil. Restos de redes e linhas de pesca abandonados no mar também são perigosos, pois permanecem no ambiente matando indiscriminadamente e desnecessariamente não só as tartarugas marinhas como outros animais que se enroscam e morrem enforcados, por asfixia ou por inanição.


O efeito mais dramático dessa ingestão acidental é muito difícil de ser observado. Aparelhos digestivos recheados de plásticos têm menor capacidade de assimilação de nutrientes oriundos de alimentos verdadeiros. Isso reduz a probabilidade de os animais sobreviverem e pode, em longo prazo, causar o colapso de determinadas populações. Tartarugas marinhas, focas, leões marinhos, golfinhos, peixes-boi, aves marinhas e peixes são algumas das inúmeras vítimas.


O plástico representa hoje cerca de 80% de todo o lixo gerado no mar. Para contornar essa situação, é preciso entender qual a diferença entre lixo orgânico, reciclável e de rejeito. Pequenas atitudes diárias podem ajudar em uma melhora no futuro

(Foto: Thinkstock)

Segundo dados divulgados pela ONU, 80% de todo o lixo marinho é composto por plástico e a estimativa é que em 2050 a quantidade de plásticos na água supere a de peixes. Para se ter uma ideia, hoje a presença de microplásticos nos mares já superam a quantidade de estrelas na galáxia. 

Nas mais diversas plataformas, as pessoas tentam diariamente lembrar e alertar dos riscos desse problema ao meio ambiente, incentivando uma vida mais saudável e uma prática sustentável no dia a dia. Segundo o Greenpeace UK, a cada ano são despejados nos oceanos cerca de 12,7 milhões de toneladas de plástico, desde garrafase sacos plásticos até canudos. A designer Cristal Muniz, do blog Um ano sem lixo, lembra que o maior impacto negativo dessa poluição é a ingestão desses resíduos pelos animais.

O consumo dessas embalagens plásticas, como garrafas PET, impede que os animais mergulhem profundamente, impossibilitando-os de caçar e até de comer. “Quando se perde animais de uma cadeia alimentar equilibrada, você aumenta a quantidade de animais que serviam de caça para aquele que diminuiu, consequentemente reduzindo a comida dos predadores”, completa Cristal.

O cenário ideal, para ela, é uma vida com a produção de menos lixo e a utilização de produtos circulares, ou seja, aqueles que podem ser reutilizados e reciclados, sem virar lixo após o uso. Pequenas mudanças no dia a dia podem representar uma grande melhora no futuro. 

 
(Foto: Thinkstock)

O lixo pode ser dividido em três grandes categorias: reciclável, orgânico e de rejeito. O primeiro é aquele que pode ser transformado em um novo material utilizável e, no caso do plástico, muitos não se enquadram na categoria (caso dos canudos e das sacolas plásticas). Para piorar a situação, atualmente apenas 18% das cidades brasileiras possuem coleta seletiva.

O orgânico é aquele que deveria ser compostado, ou seja, ser transformado em adubo. Já a última categoria, como o próprio nome já diz, são aqueles que não podem ser reciclados ou compostados de nenhuma maneira, ou seja, são de rejeito. Nessa categoria ficam os adesivos, papel higiênico, absorventes e até as fraldas descartáveis. O único destino desses itens é o aterro sanitário.

O problema é que, apesar da coleta seletiva e da ação de muitas empresas para separar o lixo, a maior quantidade é dividida apenas entre reciclável e de rejeito, tirando portanto, a possibilidade do reaproveitamento por meio do adubo.

No aterro sanitário, a decomposição dos resíduos orgânicos é inadequada, por ser este um ambiente anaeróbico (sem a presença de oxigênio). Além disso, os aterros contribuem para o risco de contaminação da água e do solo e geram produção do gás metano (um dos responsáveis pelo agravamento do efeito estufa). “Produzir lixo orgânico que vai para o aterro sanitário é tão ruim quanto produzir lixo reciclável que não vai pra reciclagem”, afirma Cristal.

Entre outros problemas, podemos é possível destacar como principais consequências da poluição da águas:
  • Morte dos animais aquáticos
  • Problemas gerados para o meio ambiente
  • Contaminação de peixes e outros animais 
  • Águas das praias (lacustres, fluviais e  marinhas) tornam-se impróprias para o banho
  • Redução das atividades de pesca
Para entender melhor essa questão, é preciso saber que existem quatro grandes causadores da poluição das águas. São eles:
  • Depósito inadequado de resíduos urbanos;
  • Atividade desregrada de turistas no veraneio;
  • Descarte deliberado de resíduos pelo mercado industrial;
  • Descarte de resíduos por países que burlam das regras de controle de resíduos;
  • Lançamento de resíduos pela navegação comercial e turística.
A designer Cristal Muniz propõe 5 medidas por parte do governo que ajudariam a melhorar esse cenário:
  • Lei que proíba os plásticos descartáveis, por corresponderem cerca de 40% de todo plástico já produzido.
  • Incentivos fiscais para o desenvolvimento e a pesquisa de plásticos que não sejam provenientes de petróleo, mas sim compostáveis e biodegradáveis. 
  • Melhorar os sistemas de coleta e reciclagem nas cidades.
  • Criar/incentivar sistemas de compostagem nas cidades.
  • Proibir a produção do que não é reciclável/compostável.
Embora tendo conhecimento que o resultado de sua ação possa ser insignificante, o Jeep Clube de Campos tomou a iniciativa de não ser apenas expectador dessa "tragédia" diária, no próximo sábado (27) seus membros estarão seguindo para localidade de Lagoa de Cima, com o intuito de recolher a maior quantidade de lixo possível no entorno da lagoa. 


Se você quiser se juntar a nós nessa missão, será muito bem vindo. Nos concentraremos a partir das 7h, noa antigo posto Timbonzão (BR-101, logo após o Shopping Estrada.

Fontes:
http://tamar.org.br/interna.php?cod=315
http://tamar.org.br/interna.php?cod=316
https://revistacasaejardim.globo.com/Casa-e-Jardim/Reportagem/noticia/2018/07/entenda-o-impacto-do-plastico-nos-oceanos-e-no-meio-ambiente.html
https://www.vgresiduos.com.br/blog/impactos-causados-pelo-lancamento-de-residuos-no-oceano/

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Justiça suspende adoção da "placa Mercosul" no país

Desde o último dia 11 de setembro, o Detran-RJ passou a ser o primeiro estado brasileiro a fazer o emplacamento de veículos com as Placas Padrão Mercosul, como postado aqui no final do mês de abril. Um dos questionamentos feitos na época como: Quanto vai custar e quem produzirá as placas? Fez com que uma promotora de Santa Catarina proferisse sentença suspendendo o emplacamento no Brasil. Embora provisório, -  pois a decisão é em caráter liminar - a Justiça suspendeu a partir de 11 de outubro, a adoção das placas "padrão Mercosul" em todo o Brasil, mas no estado do Rio de Janeiro, os emplacamentos "padrão Mercosul" continuam sendo feitos. Vai entender... Provavelmente, em breve, tudo voltará a ser como antes e a população mais uma vez pagará a conta. Confira a matéria:


Desembargadora de Santa Catarina proferiu a sentença alegando dois problemas: quem define quais empresas fabricam as novas placas e também a inexistência de sistema integrado de informações Ainda é provisório -- a decisão é em caráter liminar -- mas a Justiça acaba de suspender a adoção das placas "padrão Mercosul" em todo o Brasil. A decisão vem do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (Brasília/DF), tem data da última quarta-feira (10 de outubro) e foi assinada pela desembargadora federal Daniele Maranhão Costa.

Segundo a decisão, existem dois problemas na adoção do novo sistema de placas: a atribuição das empresas que fabricam as novas placas está equivocado; o sistema integrado de informações, que deveria existir antes da adoção das placas, ainda não está pronto. 

UOL Carros acaba de publicar reportagem que aborda justamente os problemas causados pela ausência do sistema nacional de dados -- em estados que ainda não adotaram o "padrão Mercosul", é impossível usar aplicativos de estacionamento com carros usando a nova placa, ao mesmo tempo em que autoridades de trânsito não podem multar este tipo de veículo.

Essa liminar atende a pedido da Aplasc (Associação das empresas fabricantes e lacradoras de placas automotivas do Estado de Santa Catarina). Com a decisão, porém, não fica claro se novos emplacamentos no Rio deverão ser feitos utilizando as placas de três letras e quatro números, que não são mais fabricadas no Estado.

No texto proferido, a magistrada aponta que o Denatran não poderia tirar dos Detrans estaduais a responsabilidade por escolher quais são as empresas habilitadas a produzir as novas placas, ainda que haja interesse em reduzir as fraudes/clonagens e mesmo o monopólio do atual sistema. Também afirma que o novo sistema não pode produzir prejuízos por não ter, ainda, um sistema integrado de consulta dos veículos vinculados aos Estados.

Posição do Denatran

Em resposta à liminar, o Ministério das Cidades/Denatran divulgou comunicado afirmando que prefere esperar para ser comunicado antes de tomar outras medidas.

Um mês de vida e vários desencontros

A discussão sobre a pertinência do padrão - e de mudanças feitas apenas aqui no Brasil - se ampliou desde o começo do processo. As novas placas mantém o formato de 40x13 cm do modelo antigo, mas adotam novas cores e sequências alfanuméricas, bem como novas marcas de segurança.

Há quase duas semanas, UOL Carros trouxe um tira-dúvidas sobre as chamadas "placas Mercosul", mas apesar das questões respondidas por Denatran (órgão federal responsável pela regulamentação de trânsito) e Detran-RJ, alguns pontos seguiram obscuros para nossos leitores, que até classificaram certas normas como "desnecessárias". 

Pagamentos de vistoria e da troca do emplacamento, obrigatoriedade de troca de placa a cada mudança de cidade e mesmo os modelos dos novos emplacamentos e seus dispositivos de segurança causaram dúvidas. No Rio, o par de placas do novo padrão custa R$ 219,35 para automóveis e R$ 90,12, para motos - exatamente o mesmo valor da placa antiga - mas também é cobrada taxa de vistoria. Se houver mudança de propriedade do carro ou mesmo de endereço de cidade, é preciso pagar por novo emplacamento. Há ainda a manutenção do lacre, desnecessário tecnicamente. 

O fundo do novo modelo é sempre será branco, mas a combinação de quatro letras e três números tem uma cor para cada categoria: preta (particular), vermelha (comercial e aprendizagem), azul (oficial), verde (especial), amarela (diplomático) e prata (colecionador).

Segue o jogo

Enquanto isso, no Rio, as placas seguem sendo instaladas. Até o momento o Detran/RJ ressalta que a ação diz respeito ao Denatran e que a orientação do órgão federal é a de dar continuidade ao emplacamento com as novas peças. Até o momento, mais de 120 mil veículos receberam a chapa Mercosul no território fluminense. Na ação do TRF-1 que pede a suspensão, há ainda o argumento de que o Denatran não poderia tirar dos Detrans estaduais a responsabilidade de escolher as empresas habilitadas a produzir as novas placas. De qualquer forma, cabe aos órgãos de cada estado escolher os fornecedores. 

O processo pode ser feito, inclusive, por concorrência pública - como no Rio. Atualmente, mais de 400 estampadoras e 14 fábricas estão habilitadas pelo Denatran a estampar e produzir as placas Mercosul em todo o país. UOL Carros também questionou o TCE-RJ (Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro) sobre possíveis problemas no pregão fluminense, mas o órgão afirma que não há nada referente a este assunto no tribunal. Ou seja: se houve licitação, o edital não foi enviado ao TCE-RJ para análise prévia - o que também não é obrigatório.

Fontes: 

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

A Willys Overland do Brasil - de 1952 até 1984

Trago hoje um pouco de história... 

A Willys Overland do Brasil S.A. foi fundada em 26 de abril de 1952, em São Bernardo do Campo-SP. Em 1954 a Willys anunciava seu primeiro "Jeep" brasileiro, com tração nas quatro rodas e motor quatro cilindros F-134 Hurricane de 73 hp e 2.150 cilindradas, testemunha da realidade da jovem indústria automobilística nacional. O Jeep, que antes era importado, foi montado até 1955 quando o Brasil recebeu novas estampas e iniciou a fabricação do modelo CJ-5 que durou até 1983. Em 1957 a Willys do Brasil passou a fabricá-lo com um índice de nacionalização de 80% e sua produção alcançou 101.810 unidades naquele ano, em 1959 recebeu um motor melhor de seis cilindros nacional e fundido em Taubaté/SP, substituindo o "Hurricane"/americano de quatro e seis cilindros. Em 1961 veio a Pick-up Jeep. Em 1962 surgiram outras duas versões do Jeep, os (CJ-6) M-101 de duas e quatro portas, com maior capacidade de carga (montado sobre o chassis da Rural), chamado popularmanente de "Jïpão" ou "Bernardão". 


A Willys fabricava seus veículos em sua unidade própria em São Bernardo do Campo (atual fábrica da Ford); em 1966 o Jeep (apelidado no Nordeste de "Chapéu de Couro") passou a ser fabricado (montado) também em Jaboatão, Pernambuco, onde estava a primeira fábrica de automóveis do Nordeste, a Willys-Nordeste, que também fabricou a Rural e Pick-up Jeep. Em 1967 a Willys contava com sete carros de passeio e utilitários em 19 versões - a maior linha de produtos brasileira. 

Em 1968 houve a união da Willys Overland do Brasil com a Ford Motors do Brasil que passou a chamar Ford-Willys, passando a fabricar seus veículos até 1984 ( a pick-up F-75 foi a última). Em 1970 deixa de chamar Ford-Willys e passa simplesmente a Ford do Brasil. Aos poucos a Ford foi substituindo os veículos Willys, assim morrendo a marca no Brasil. A Willys também produzia motores maritímos, grupos geradores de solda, unidades de força, grupos geradores. As bases destes produtos eram os motores de seis cilindros do Aero e o quatro cilindors do Gordini. A unidade que comercializava estes equipamentos era a "Divisão de Produtos Especiais" localizada em Taubaté, SP. 

Rural e F-75


Uma espécie de "faz tudo", para enfrentar lamaçais, terrenos arenosos, asfalto, para o uso civil, Um carro para o campo e para a cidade, para toda a família, era o que o fabricante anunciava na época. Era um Jeep para a cidade. A primeira "Rural Jeep" fabricada no Brasil - o mesmo modelo americano, com motor seis cilindros - foi lançada oficialmente em 28 de junho de 1956. Batizada pela Willys no Brasil de Rural e lançada como modelo 1957. Em 1959 passou a ter um índice de nacionalização de 100%, recebendo um novo motor nacional fundido em Taubaté/SP (atual fábrica de motores da Ford). Em princípios de 60 devido a grande aceitação do veículo, a Willys passou a produzir a Rural Jeep com modificações em sua carroçaria e outras alterações, tendo em vista as condições peculiares das rodovias do país. O modelo então escolhido e projetado na Willys Overland do Brasil (por Boock Stevens, o mesmo que projetou o Aero) passou a ser fabricado no Brasil e na Argentina (com o nome de Estanciero pela IKA). As matrizes foram elaboradas em São Bernardo do Campo o que passou a diferenciá-la do modelo americano. A Nova Rural redesenhada passou a conter uma nova frente (inspirada no Palácio da Alvorada, em Brasília), novas lanternas traseiras, novo parabrisa e novo vidro traseiro. Toda reestilizada atendendo ao gosto do público brasileiro.


A pick-up Jeep, fabricada no Brasil sob a estrutura da Rural, era uma camioneta para uso de transporte de carga, com caçamba de lata. Apresentava versão 4x2 e 4x4. Era amplamente utilizada no campo por ser valente e versátil, enfrentava atoleiros com a maior facilidade. Mesma motorização da Rural, mas também teve, no início, alguns modelos fabricados com motor a Diesel. No início da fabricação, em 1961, foi lançado o modelo pick-up 4x2 e, em 1962, foi lançada a versão 4x4. Fabricada pela Ford como F-75, foi o último veículo da Willys que saiu de linha de produção em sua ultima versão F-75 - 4x4 (motorização a álcool / 4 cilindros / 90Hp / 2400cc - motor Ford que equipava o Maverick e o Taurus americano). Em 1962 a Willys lançou a Pick-up Jeep em uma versão especial -Pick-up Militar - a qual ainda estão em uso, nos dias atuais, pelo Exército Brasileiro.

Fonte: http://www.planetaoffroad.com/p07h.htm

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Nascida para desafio extremo

Uma gaiola que foi projetada e construída para vencer desafios extremos.

Referência em off-road em todo o mundo, o valente Suzuki Jimny ganha uma série especial repleta de ousadia, personalidade, exclusividade e, claro, muito 4x4.


Kiko Gervásio, 31 anos, é morador da cidade de Avaré, no interior de São Paulo, e apaixonado por gaiolas off-road. Gosta de fazer trilha, de andar rápido em terrenos com obstáculos, enfim, de tudo que envolve desafios fora de estrada. Tendo como amigo o Anderson Darros, preparador de jipes e expert em suspensão, Kiko resolveu fazer uma gaiola para enfrentar grandes obstáculos e desafios radicais.


A partir daí, iniciou-se a construção de um carro extremamente forte, robusto e com uma suspensão que chega a intrigar quem a vê de perto. O design arrojado foi baseado nas gaiolas de rock crawling americanas, especificamente do competidor Bobby Tanner.

Vale lembrar que toda a estrutura do carro foi construída do zero e o grande trunfo do carro está na suspensão e na relação peso-potência, que é o forte dos projetos da Darros Preparações Off Road, empresa responsável pela construção e preparação do carro. O veículo, que pesa aproximadamente 1950 kg, tem uma tonelada a menos de peso do que os concorrentes, o que deixa o carro muito mais competitivo nas provas de Desafio Extreme.


Além do peso, a suspensão da gaiola construída pela Darros é de se impressionar. Foi usado o sistema de suspensão 4-link com terminais uniball, tanto na dianteira como na traseira. Com os amortecedores coilover Fox de 18 polegadas de curso, é praticamente impossível ter um obstáculo em que o carro não passe com facilidade. O grande curso faz a suspensão trabalhar torcendo quando é necessário e deixando, muitas vezes, os eixos parecendo um grande 'X'.


Com toda essa qualidade na suspensão, os eixos não poderiam ficar atrás. Os dois eixos, AAM 9,25" na dianteira e AAM 11,5" na traseira, foram herdados de uma Dodge Ram. As relações dos diferenciais foram trocadas, saíram as originais de 4.11 e entraram as 5.13. Os dois eixos, que continuaram com o sistema de freio a disco original nas quatro rodas, receberam, também, bloqueios de diferencial ARB. Na dianteira, a direção full hidro garante o funcionamento preciso e macio ao virar o volante. 

As rodas, produzidas especialmente para o veículo, são em ferro, com beadlock e aro de 24". Quanto aos pneus, optou-se pelo uso do modelo Genius Ignorante de 46".



O motor escolhido foi o MWM Sprint seis cilindros, 4.2 litros, turbo diesel da GM Silverado. Após a preparação, o propulsor alcança a potência de 260 cv. O câmbio, automático de quatro velocidades, é um 4L80e com gerenciamento por módulo programável TCI que equipava originalmente a GM Suburban. Já a t-case veio de uma Dodge Ram.

A gaiola usa bancos tipo concha da SanMarino e cintos de quatro pontas. O volante é um Lotse com engate rápido. Se, por uma casualidade, a gaiola ficar presa, um guincho Ekron 15.500 está pronto para tirá-la do enrosco. 


Após seis meses intensos de preparação na Darros, o carro está pronto e aprovado. Kiko, o proprietário do veiculo, não vê a hora de enfrentar um desafio extreme. Já testou sua nova paixão fazendo algumas trilhas e não houve obstáculo suficiente para barrar o seu veículo off-road. 

Embora sejam muito amigos, o propósito de Kiko é vencer, já na próxima temporada, o companheiro e responsável pelo projeto, Anderson Darros, que já compete há três anos e coleciona diversos títulos..

Fonte: http://www.planetaoffroad.com/p06_gaiola_darros_01.htm