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quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Impactos causados pelo lançamento de resíduos nas águas

Mais da metade do planeta Terra é ocupada por grandes oceanos e mares. Estima-se que em torno de 6.4 milhões de toneladas de lixo marinho são descartadas nos oceanos e mares a cada ano. Mais de 13.000 pedaços de lixo plástico estão, atualmente, flutuando em cada quilômetro quadrado de oceano. Muitos animais marinhos ingerem estes resíduos confundindo-os com alimentos.

A ingestão de plástico e outros resíduos está relacionada aos hábitos alimentares das tartarugas marinhas. As espécies que não perseguem suas presas, como a tartaruga-verde, estão mais sujeitas ao problema. A tartaruga-de-couro, que se alimenta principalmente de águas-vivas, também é um alvo fácil. Restos de redes e linhas de pesca abandonados no mar também são perigosos, pois permanecem no ambiente matando indiscriminadamente e desnecessariamente não só as tartarugas marinhas como outros animais que se enroscam e morrem enforcados, por asfixia ou por inanição.


O efeito mais dramático dessa ingestão acidental é muito difícil de ser observado. Aparelhos digestivos recheados de plásticos têm menor capacidade de assimilação de nutrientes oriundos de alimentos verdadeiros. Isso reduz a probabilidade de os animais sobreviverem e pode, em longo prazo, causar o colapso de determinadas populações. Tartarugas marinhas, focas, leões marinhos, golfinhos, peixes-boi, aves marinhas e peixes são algumas das inúmeras vítimas.


O plástico representa hoje cerca de 80% de todo o lixo gerado no mar. Para contornar essa situação, é preciso entender qual a diferença entre lixo orgânico, reciclável e de rejeito. Pequenas atitudes diárias podem ajudar em uma melhora no futuro

(Foto: Thinkstock)

Segundo dados divulgados pela ONU, 80% de todo o lixo marinho é composto por plástico e a estimativa é que em 2050 a quantidade de plásticos na água supere a de peixes. Para se ter uma ideia, hoje a presença de microplásticos nos mares já superam a quantidade de estrelas na galáxia. 

Nas mais diversas plataformas, as pessoas tentam diariamente lembrar e alertar dos riscos desse problema ao meio ambiente, incentivando uma vida mais saudável e uma prática sustentável no dia a dia. Segundo o Greenpeace UK, a cada ano são despejados nos oceanos cerca de 12,7 milhões de toneladas de plástico, desde garrafase sacos plásticos até canudos. A designer Cristal Muniz, do blog Um ano sem lixo, lembra que o maior impacto negativo dessa poluição é a ingestão desses resíduos pelos animais.

O consumo dessas embalagens plásticas, como garrafas PET, impede que os animais mergulhem profundamente, impossibilitando-os de caçar e até de comer. “Quando se perde animais de uma cadeia alimentar equilibrada, você aumenta a quantidade de animais que serviam de caça para aquele que diminuiu, consequentemente reduzindo a comida dos predadores”, completa Cristal.

O cenário ideal, para ela, é uma vida com a produção de menos lixo e a utilização de produtos circulares, ou seja, aqueles que podem ser reutilizados e reciclados, sem virar lixo após o uso. Pequenas mudanças no dia a dia podem representar uma grande melhora no futuro. 

 
(Foto: Thinkstock)

O lixo pode ser dividido em três grandes categorias: reciclável, orgânico e de rejeito. O primeiro é aquele que pode ser transformado em um novo material utilizável e, no caso do plástico, muitos não se enquadram na categoria (caso dos canudos e das sacolas plásticas). Para piorar a situação, atualmente apenas 18% das cidades brasileiras possuem coleta seletiva.

O orgânico é aquele que deveria ser compostado, ou seja, ser transformado em adubo. Já a última categoria, como o próprio nome já diz, são aqueles que não podem ser reciclados ou compostados de nenhuma maneira, ou seja, são de rejeito. Nessa categoria ficam os adesivos, papel higiênico, absorventes e até as fraldas descartáveis. O único destino desses itens é o aterro sanitário.

O problema é que, apesar da coleta seletiva e da ação de muitas empresas para separar o lixo, a maior quantidade é dividida apenas entre reciclável e de rejeito, tirando portanto, a possibilidade do reaproveitamento por meio do adubo.

No aterro sanitário, a decomposição dos resíduos orgânicos é inadequada, por ser este um ambiente anaeróbico (sem a presença de oxigênio). Além disso, os aterros contribuem para o risco de contaminação da água e do solo e geram produção do gás metano (um dos responsáveis pelo agravamento do efeito estufa). “Produzir lixo orgânico que vai para o aterro sanitário é tão ruim quanto produzir lixo reciclável que não vai pra reciclagem”, afirma Cristal.

Entre outros problemas, podemos é possível destacar como principais consequências da poluição da águas:
  • Morte dos animais aquáticos
  • Problemas gerados para o meio ambiente
  • Contaminação de peixes e outros animais 
  • Águas das praias (lacustres, fluviais e  marinhas) tornam-se impróprias para o banho
  • Redução das atividades de pesca
Para entender melhor essa questão, é preciso saber que existem quatro grandes causadores da poluição das águas. São eles:
  • Depósito inadequado de resíduos urbanos;
  • Atividade desregrada de turistas no veraneio;
  • Descarte deliberado de resíduos pelo mercado industrial;
  • Descarte de resíduos por países que burlam das regras de controle de resíduos;
  • Lançamento de resíduos pela navegação comercial e turística.
A designer Cristal Muniz propõe 5 medidas por parte do governo que ajudariam a melhorar esse cenário:
  • Lei que proíba os plásticos descartáveis, por corresponderem cerca de 40% de todo plástico já produzido.
  • Incentivos fiscais para o desenvolvimento e a pesquisa de plásticos que não sejam provenientes de petróleo, mas sim compostáveis e biodegradáveis. 
  • Melhorar os sistemas de coleta e reciclagem nas cidades.
  • Criar/incentivar sistemas de compostagem nas cidades.
  • Proibir a produção do que não é reciclável/compostável.
Embora tendo conhecimento que o resultado de sua ação possa ser insignificante, o Jeep Clube de Campos tomou a iniciativa de não ser apenas expectador dessa "tragédia" diária, no próximo sábado (27) seus membros estarão seguindo para localidade de Lagoa de Cima, com o intuito de recolher a maior quantidade de lixo possível no entorno da lagoa. 


Se você quiser se juntar a nós nessa missão, será muito bem vindo. Nos concentraremos a partir das 7h, noa antigo posto Timbonzão (BR-101, logo após o Shopping Estrada.

Fontes:
http://tamar.org.br/interna.php?cod=315
http://tamar.org.br/interna.php?cod=316
https://revistacasaejardim.globo.com/Casa-e-Jardim/Reportagem/noticia/2018/07/entenda-o-impacto-do-plastico-nos-oceanos-e-no-meio-ambiente.html
https://www.vgresiduos.com.br/blog/impactos-causados-pelo-lancamento-de-residuos-no-oceano/

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