Mais um tormento voltou para tirar o nosso sono. A Influenza A - H1N1, ou gripe suína, está se proliferando rapidamente, e o melhor a fazer, no momento, é nos manter informados e seguir todas as prevenções possíveis.
O aumento do número de casos de gripe suína, um tipo de influenza causada pelo vírus H1N1, vem chamando a atenção das autoridades de saúde em todo o país, em especial no Sul e no Sudeste.
O principal surto da doença ocorre no estado de São Paulo. De acordo com o médico infectologista e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Paulo Olzon Monteiro da Silva, não há uma resposta definitiva sobre o início do surto da doença, cuja maior incidência ocorre no inverno, mas a hipótese que vem sendo aceita pelos médicos é a de que brasileiros ou viajantes vindos de áreas endêmicas da doença, como os Estados Unidos, o Canadá e a Europa, tenham trazido o vírus para o hemisfério sul. “Hoje em dia com a facilidade de transporte, as pessoas circulam pelos países e em questão de horas podem trazer doenças de uma área para a outra”, explica.
Além disso, as alterações do clima provocada pelo aquecimento global faz com que doenças cuja ocorrência ficavam restritas à determinadas épocas do ano possam acontecer em qualquer época do ano. “Doenças como a gripe comum e a gripe suína costumam acontecer mais em épocas frias, porque a penetração do vírus pelas vias respiratórias é facilitada nesse período, mas com as mudanças climáticas essa delimitação das estações do ano já não está mais acontecendo como antigamente.”
Gripe Comum X H1N1
A influenza é comumente conhecida como gripe. Trata-se de uma doença viral febril, aguda, geralmente benigna e autolimitada. Frequentemente é caracterizada por início abrupto dos sintomas, que são predominantemente sistêmicos, incluindo febre, calafrios, tremores, dor de cabeça, mialgia e anorexia, assim como sintomas respiratórios com tosse seca, dor de garganta e coriza. A infecção geralmente dura 1 semana e com os sintomas sistêmicos persistindo por alguns dias, sendo a febre o mais importante.
Existem três tipos de vírus influenza: A, B e C. O vírus influenza C causa apenas infecções respiratórias brandas, não possui impacto na saúde pública e não está relacionado com epidemias. Já os vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais. O vírus influenza A é responsável pelas grandes pandemias, entre eles encontramos os subtipos H1N1 e H3N2 circulam atualmente em humanos. Alguns vírus influenza A de origem aviária também podem infectar humanos causando doença grave, como no caso do A (H7N9).
Segundo o Centro de Vigilância Epidemiológica de São Paulo (CVE), a influenza suína ou gripe suína é uma doença respiratória dos porcos causada por um vírus de influenza do tipo A, que é motivo de surtos regulares em porcos. Estudos mostraram que esse vírus pode se disseminar de pessoa para pessoa.
A nova influenza A (H1N1), mais conhecida como gripe suína, que se propagou na primavera de 2009, é uma gripe sem precedentes e provocada por um novo tipo de vírus, ou seja a população não tem nenhuma imunidade contra ela.
Quais são os sintomas do H1N1
Os sintomas do H1N1 são similares aos sintomas da influenza humana comum (gripe comum). Eles incluem febre, tosse, garganta inflamada, dores no corpo, dor de cabeça, calafrios e fadiga. Algumas pessoas relatam diarreia e vômitos associados à enfermidade. Já foram relatadas formas graves da doença com pneumonia e falência respiratória, além de mortes. A gripe suína pode causar também uma piora de doenças crônicas já existentes.
Transmissão
Acredita-se o H1N1 possa ser transmitido da mesma maneira pela qual se transmite a gripe comum. Os vírus da influenza se disseminam de pessoa para pessoa especialmente através de tosse ou espirros das pessoas infectadas. Algumas vezes, as pessoas podem se infectar tocando objetos que estão contaminados com os vírus da influenza e depois tocando sua boca ou seu nariz.
Grupos de risco
Algumas pessoas, como idosos, crianças novas, gestantes e pessoas com alguma comorbidade possuem um risco maior de desenvolver complicações devido à influenza. A melhor maneira se prevenir contra a influenza sazonal é se vacinar todo ano.
Como tratar?
O tratamento dos sintomas da influenza sem complicações deve ser realizado com medicação sintomática, hidratação, antitérmico, alimentação leve e repouso. Nos casos com complicações graves, são necessárias medidas de suporte intensivo. Uma das principais complicações da influenza são as infecções bacterianas secundárias, principalmente as pneumonias. Em caso de complicações, o tratamento deve ser específico. O Ministério da Saúde alerta que é fundamental procurar atendimento nas unidades de saúde, para que haja identificação precoce de risco para agravamento da doença.
Resfriado e alergias são diferentes
O resfriado também é uma doença respiratória frequentemente confundida com a gripe, mas é causado por vírus diferentes. Os vírus mais comuns associados ao resfriado são os rinovírus, os vírus parainfluenza e o vírus sincicial respiratório (RSV), que geralmente acometem mais crianças.
Os sintomas do resfriado, apesar de parecidos com da gripe, são mais brandos e duram menos tempo, entre dois e quatro dias, segundo o Ministério da Saúde. Os sintomas incluem tosse, congestão nasal, coriza, dor no corpo e dor de garganta leve. A ocorrência de febre é menos comum e, quando presente, é em temperaturas baixas.
As medidas preventivas utilizadas para evitar a gripe, como a etiqueta respiratória, também devem ser adotadas para prevenir os resfriados.
Outra doença que também tem sintomas parecidos e que pode ser confundida com a gripe é a rinite alérgica, cujos principais sintomas são espirros, coriza, congestão nasal e irritação na garganta.
Como podemos nos prevenir?
De acordo com o Ministério da Saúde, para redução do risco de pegar ou transmitir doenças respiratórias, as pessoas podem adotar medidas gerais de prevenção:
- frequente lavagem e higienização das mãos, principalmente antes de consumir algum alimento;
- utilizar lenço descartável para higiene nasal;
- cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
- evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
- higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
- não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
- manter os ambientes bem ventilados;
- evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe.
Estatísticas
O Brasil registrou até o dia 30 de abril 2.085 casos de influenza A (H1N1), com 411 óbitos. A região Sudeste concentra o maior número de casos (1.279), sendo 1.130 somente no Estado de São Paulo.
Especialista esclarece dúvidas sobre vacina contra gripe H1N1
Com relação ao número de óbitos, São Paulo registrou 202, seguido por Rio Grande do Sul (31), Goiás (22), Rio de Janeiro (22), Santa Catarina (21), Paraná (16), Minas Gerais (13), Pará (13), Bahia (13), Espírito Santo (11), Paraíba (8), Mato Grosso do Sul (8), Pernambuco (7), Ceará (5), Rio Grande do Norte (5), Distrito Federal (5), Mato Grosso (3), Amapá (2), Alagoas (2) e Maranhão (1).
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Segundo o Ministério da Saúde, os Estados receberão 100% das doses da vacina até sexta-feira, dia 13, para imunizar as 49,8 milhões de pessoas que fazem parte do público-alvo da campanha, que inclui crianças, idosos, profissionais da área de saúde e gestantes.
Até o momento, 49,5 milhões de doses do imunobiológico foram entregues aos Estados, o que representa 93% do total.
Para a campanha, que vai até 20 de maio, foram adquiridas 54 milhões de doses da vacina que protege contra os três subtipos do vírus recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para 2016 (A/H1N1, A/H3N2 e influenza B).
O excedente, que neste ano é de mais de 4 milhões de doses, é chamado de reserva técnica.
Para receber a dose, é importante levar o cartão de vacinação e o documento de identificação. As pessoas com doenças crônicas ou com outras condições clínicas especiais também precisam apresentar prescrição médica, especificando o motivo da indicação da vacina.
Pacientes cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do Sistema Único de Saúde (SUS) deverão se dirigir aos postos em que estão registrados para receberem a dose, sem necessidade de prescrição médica.
Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza.
Para esclarecer algumas questões sobre a gripe, o site Coração & Vida conversou com a médica infectologista Tania Strabelli, especialista em doenças infecciosas e parasitárias. Confira:
Quem toma a vacina da gripe está imediatamente imunizado contra a H1N1?
Não, nem contra os outros tipos de gripe. Normalmente, a vacina leva de duas a três semanas para fazer efeito. Quando o paciente já tomou a vacina em outros anos, esse tempo de resposta cai para dez dias. É por isso que muita gente que toma a vacina e fica gripado logo em seguida acha que a vacina não funciona ou que ela é que causou a gripe. Na realidade, a pessoa já estava incubando um quadro de gripe e acaba ficando doente.
Quem tomou a vacina do ano passado ainda está imunizado contra H1N1?
Normalmente não está. O que se sabe é que a imunidade vai caindo ao longo dos meses, mas essa curva não é exatamente conhecida. Quando vai chegando perto da próxima campanha de vacinação, algumas pessoas estão protegidas e outras não.
O Ministério da Saúde afirmou que a taxa de adesão da população de São Paulo à campanha de vacinação contra a gripe em 2015 foi a menor nos últimos três anos e ficou abaixo da média nacional. Isso pode estar relacionado ao aumento dos casos em 2016?
Pode ter sido por isso que o surto começou mais cedo, mas ainda não sabemos exatamente a resposta. O Instituto Adolfo Lutz está sequenciando os vírus e assim saberemos. O ideal é que as pessoas dos grupos de risco estejam vacinadas. Quanto mais as pessoas se vacinarem, menor a incidência da doença.
A vacina da rede privada é mais eficaz do que a da rede pública?
A diferença neste ano é que a pública é trivalente, com três cepas do vírus Influenza. A particular é quadrivalente, com quatro cepas, mas com relação à H1N1 não há diferença, as duas imunizam da mesma forma.
E quem foi contaminado, o que deve fazer para evitar o contágio de outras pessoas?
Além de procurar atendimento médico, as pessoas que estão doentes não devem sair de casa. Quanto mais elas circulam, mais disseminam o vírus, por isso que é importante ficar em casa ingerindo bastante líquido, repousando e se alimentando corretamente enquanto tiveram enfrentando algum quadro de doença respiratória ou com febre. Crianças doentes também não devem ser levadas à escola. Reduzir a circulação de pessoas doentes ajuda diminuir a incidência do vírus.
Fontes:
http://www.ebc.com.br/noticias/saude/2016/03/h1n1-sp-tem-surto-da-doenca-saiba-como-se-prevenirFontes:
http://coracaoevida.com.br/especial/brasil-registra-1-571-casos-e-290-mortes-por-gripe-h1n1-2/
O BRIGADO JOSIEL! ajudou muito no meu trabalho,atendente vt. 2016 ABRAÇO PARA O AMIGO SAÚDE E GRAÇA.
ResponderExcluirQue bom que pude colaborar com você.
ExcluirDisponha do blog, sempre que precisar. Grande abraço!