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segunda-feira, 2 de julho de 2018

Chikungunya: sintomas, transmissão e prevenção

O número de casos de Chikungunya em Campos dos Goytacazes vem crescendo alarmantemente, segundo dados divulgados na última semana (http://g1.globo.com/rj/norte-fluminense/rjintertv-2edicao/videos/t/edicoes/v/quase-2-mil-casos-de-chikungunya-ja-foram-confirmados-em-junho-em-campos-no-rj/6842200/), o número de casos registrados está próximo de dois mil, apenas neste ano. o que já caracteriza uma epidemia. Neste momento é necessário de todos nós cidadães comuns façamos a nossa parte para combater todos os focos de mosquitos que são os transmissores dessa e de outras temíveis doenças. Saiba mais sobre a a doença na matéria a seguir:

O que é a febre chikungunya?

A febre chikungunya é uma doença infecciosa provocada pelo vírus CHIKV e transmitida por picada de mosquito, como o Aedes aegypti e o Aedes albopictus.

Ela foi identificada pela primeira vez em 1952 na Tanzânia, país da África Oriental. Apesar disso, o vírus é relativamente novo em solo brasileiro. Começou a se espalhar pelo norte e pelo nordeste do Brasil somente em 2014 e ganhou o noticiário ao lado do zika vírus.

Hoje, todos os estados brasileiros sofrem com surtos concentrados de febre chikungunya. Acredita-se que o vírus tenha chegado na América do Sul pelo Caribe, onde foram registradas epidemias em 2013.

De acordo com o site do Ministério da Saúde, “a alta densidade do vetor, a presença de indivíduos susceptíveis e a intensa circulação de pessoas em áreas endêmicas contribuem para a possibilidade de epidemias em todas as regiões do Brasil”.

Sintomas da febre chikungunya

O especialista nos ajudou a listar os principais sintomas da febre chikungunya. São eles:

  • Dores nas articulações;
  • Dores musculares (mialgia);
  • Inchaço (edemas) nas articulações;
  • Inchaço de nódulos do pescoço;
  • Febre alta, acima dos 39°;
  • Manchas vermelhas pelo corpo;
  • Alteração no número dos glóbulos brancos (leucócitos);
  • Dores nos olhos;
  • Possível conjuntivite. 
De acordo com o infectologista Jessé Alves, integrante do corpo clínico do laboratório Lâmina, no Rio de Janeiro, a infecção pelo vírus CHIKV costuma provocar sintomas muito parecidos com os da dengue e do zika, por exemplo. “Em geral, os pacientes se queixam de febre, mal-estar e dor de cabeça”, explica ele.

No entanto, apesar da semelhança com outras viroses, a febre chikungunya vem acompanhada de um sintoma bastante característico: inflamação nas articulações.


Evolução dos sintomas

Em pouco tempo, este problema se torna ainda mais pronunciado, com as dores ficando mais fortes. Pode aparecer vermelhidão na região afetada e as articulações dos joelhos, cotovelos e ombros podem ficar maiores também.

“Uma característica marcante da chikungunya é a tendência de ocorrer ‘cronificação’ dos sintomas, ou seja, a persistência destas dores por semanas e até meses”, completa o especialista.

Ele explica também que este é outro fator que diferencia a febre de outras doenças provocadas por vírus e transmitidas por insetos. Em outros casos, os sintomas não permanecem por tanto tempo.

Mas da mesma forma que a maioria das infecções por vírus, a febre chikungunya atinge um ápice, e esse é um momento crucial para o paciente.

A fase aguda da doença é muito intensa e as dores articulares podem até ser incapacitantes. Após algumas semanas, há melhora dos sintomas, que podem se resolver totalmente ou evoluírem para a forma crônica da doença, tornando a artrite um problema recorrente.

Pode ser fatal?

Como explica o infectologista, o desenvolvimento da doença é diferente de pessoa para pessoa. Além dos grupos de risco habituais – pacientes que já lidam com problemas que afetem o sistema imunológico, idosos e crianças mais novas – indivíduos com alguma lesão articular prévia, como artrose, estão mais propensos a desenvolver a manifestação crônica da febre chikungunya.

É importante salientar que, mesmo afetando o número de glóbulos brancos, a doença não evolui para uma forma hemorrágica, como ocorre com a dengue.

“Existem relatos de óbitos associados à doença, mas em geral isso acontece com pessoas que tinham outras doenças ou que já estavam em idade avançada”, diz o especialista.

Transmissão

O jeito de se evitar a febre chikungunya basicamente segue o mesmo protocolo de prevenção contra a dengue, que muitos de nós já conhece.

O cuidado primordial é minimizar a reprodução do Aedes aegypti e do Aedes albopictus, principais transmissores do vírus CHIKV.

Entre as ações que devemos tomar estão:
  • Eliminar focos de proliferação do mosquito, como água parada em vasos, calhas, pneus etc;
  • Fazer uso de repelentes específicos e eficientes contra o mosquito causador;
  • Criar barreiras físicas para o mosquito, como colocar telas nas janelas e portas;
  • Utilizar roupas compridas (claras, pois as escuras atraem o mosquito).

Por fim, Jessé Alves alerta que, assim como outras infecções transmitidas por insetos, a febre chikungunya também pode ser transmitida por meio de transfusão de sangue, mesmo quando o doador ainda não está manifestando sintomas.

Diagnóstico e tratamento

Por ter sintomas mais característicos, o diagnóstico da febre chikungunya pode ser feito primeiramente com uma avaliação clínica mais detalhada. Obviamente, a presença do vírus só será confirmada por exames laboratoriais, geralmente com a análise de amostras do sangue.

Já o tratamento é sintomático, ou seja, focando na melhora dos sintomas. Nas formas agudas, deve ser feito basicamente um controle da dor e de outros incômodos que o paciente se queixar.

Jessé explica que, caso o paciente desenvolva um problema crônico, o acompanhamento precisará ser feito por um reumatologista para lidar com as dores nas articulações.

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