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quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Precariedade das BRs reduz produtividade pela metade

A matéria a seguir destaca o péssimo estado das estradas brasileiras e suas consequências financeiras e físicas para os caminhoneiros e/ou motorista, mas também para os consumidores em geral. Confira aí:

A produtividade da frota brasileira de transporte de carga é metade da internacional, e a maior causa dessa diferença são as más condições das estradas. Enquanto em países como os Estados Unidos, onde há boa infraestrutura rodoviária, um caminhão com dois motoristas roda entre 15 mil e 20 mil quilômetros por mês, aqui a média chega, no máximo, a 10 mil quilômetros mensais, diz o presidente do conselho da Tora Logística, Paulo Sérgio Ribeiro da Silva.

“Temos uma situação de extrema precariedade. O estado das estradas brasileiras não permite que a frota desenvolva uma boa velocidade e isso significa perda de produtividade. O padrão das nossas estradas é incomparavelmente pior do que o das estradas de outros países”, afirma o empresário.


“O país perde muita competitividade porque não consegue escoar mercadorias”, concorda a professora de logística do IBS/FGV, Julimara Ferreira. Ela ressalta que o modal rodoviário responde por 60% das cargas transportadas no país. “Se ele é tão forte, tinha que ser bom”, diz.

Além da queda de produtividade, os especialistas e os transportadores apontam aumento no valor do frete, mais manutenção na frota, maior gasto de combustível, tempo de viagem mais longo, produtos mais caros ao consumidor e danos à saúde do motorista como prejuízos causados pelo estado ruim das rodovias.

“Há uma série de problemas e alguém tem que pagar o custo da ineficiência. Esse alguém, normalmente, é o consumidor porque tudo isso entra na formação de preço dos produtos”, diz o consultor técnico do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga do Estado de Minas (Setcemg), Luciano Medrado.

O presidente da Federação das Empresas de Transportes de Carga do Estado de Minas Gerais (Fetcemg), Vander Costa, explica que o estresse de dirigir em más condições deixa os motoristas mais sujeitos a problemas cardíacos e outras complicações de saúde. Ele diz ainda que o atrito causado pelos buracos causa lesão na coluna de grande parte dos profissionais. “O prejuízo à saúde não pode ser medido em cifras”, diz.

Segundo pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), no ano passado, 37% das rodovias brasileiras eram consideradas ótimas ou boas pelos usuários. No ano anterior, a avaliação positiva chegou a 42,7%. O levantamento considera o estado do pavimento, a sinalização e a geometria das vias.

Uma estrada boa, segundo o presidente da Fetcemg, Vander Costa, tem, além de bom asfalto e boa sinalização, acostamento em toda a via, bom sistema de drenagem para evitar acidentes em dias chuvosos, e geometria correta, que evita acidentes e melhora as condições de tráfego. “Essa seria a rodovia dos sonhos”, diz.

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