A semana passada foi a vez de caminhoneiros de vários pontos do país fecharem rodovias em protestos.
Inicio da paralisação em Campos dos Goytacazes-RJ.
Aqui em Campos não foi diferente. Na segunda-feira a noite um grupo de parceiros fecharam a BR-101 sul na altura do distrito de Ururaí. Pacificamente os caminhoneiros e carreteiros que não levavam cargas perecíveis eram convocados a fazerem parte do protesto. Cerca de 100 caminhões aderiram ao manifesto, mas por volta da meia noite formou-se uma tempestade e a galera dispersou.
Aos pouco o movimento foi ganhando força.
No dia seguinte, lá estávamos nós novamente protestando. Dessa vez reunimos por mais de 12h cerca de 200 caminhões, esclarecemos e informando aos transeuntes nossas reivindicações que entre outras eram:
Caminhoneiros em protesto na manhã de terça-feira (03/07)
- Redução de pedágio.
- Isenção de pedágio para caminhoneiros autônomos.
- Suspensão de cobrança do eixo suspenso.
- Pontos de apoio que ofereçam segurança e dignidade (Lei 12.619).
- Redução tributária do óleo diesel.
- Criação da Secretaria do Transporte Rodoviário de Cargas
- Tijoleiros (da região) pediam aumento do frete, o que não ocorre há dois anos.
Difícil mostrar o quantitativo de caminhoneiros que reunimos.
Infelizmente a paralisação não nos trouxe resultados diretos, mas mostrou que a classe tem capacidade de lutar e mostrar suas insatisfações. Segundo balanço da Polícia Rodoviária Federal (PRF), entre os dias 1º e 4, foram contabilizas 92 interdições em rodovias federais e estaduais em dez estados. Vinte e sete pessoas foram presas durantes as manifestações. No Rio Grande do Sul (RS), um dos estados mais atingidos pelas paralisações, a PRF contabilizou 35 bloqueios em sete rodovias, como a BR-101, a BR-116 e a BR-392. Em Minas Gerais, de acordo com a assessoria de imprensa da PRF, ocorreram 17 interdições nas rodovias federais BR-381, BR-040, BR-116 e BR-251.
Isso é Brasil, mas não o que queremos ou merecemos.
(Desconheço o autor da foto - facebook.)
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