Hoje celebramos o início da Quaresma, que representa os 40 dias que Jesus esteve no deserto, suportando todas as aflições e tentações. Neste sentido, a data representa o início de 40 dias de reflexões e arrependimentos, como forma de relembrar o sofrimento que Jesus passou na Terra.
Todos os anos, a quaresma tem início na Quarta-feira de Cinzas, sempre um dia após o Carnaval.
Também conhecida por Dia de Cinzas, a Quarta-feira de Cinzas é o primeiro dia da Quaresma. Esta é uma data muito especial para os Católicos.
Esse período se apresenta como símbolo de transformação e passagem, solenizando, dessa forma, a vulnerabilidade da vida e a suscetibilidade à morte. Os cristãos prezam muito por esta data, e seguem à risca todos os rituais da Quarta-feira de Cinzas.
O sufixo do nome, “cinzas”, tem origem unicamente religiosa. Como neste dia é comemorada a clássica missa das cinzas, o primeiro dia da quaresma recebeu este nome. Na missa das cinzas, são queimados os galhos louvados do Domingo de ramos, do ano passado. O ritual funciona da seguinte maneira: as cinzas são misturadas a água benta – essa mistura, posteriormente, será utilizada para sinalizar uma cruz na testa de cada fiel pelo padre, dizendo a seguinte frase: “Lembra-te que és pó e que ao pós voltarás”. Essa marca, deixada pelo padre no fronte dos cristãos, é mantida até o pôr do sol do mesmo dia. Somente após o cair da noite que se pode lavar esta marca.
O ritual realizado nas missas das cinzas remetem às antigas tradições do Oriente Médio, onde as pessoas costumavam jogar cinzas por cima de suas próprias cabeças, como sinal de arrependimento de seus pecados em face de Deus (fato contado várias vezes na Bíblia). O Catolicismo Romano difunde, ainda nesta data, as penitências de jejum e abstinência.
Portanto, na Quarta-feira de Cinzas, sob orientação da Igreja Católica, os fiéis fazem jejum ou não comem carne. Há vários anos existe esta tradição, que tem como intuito relembrar os cristãos devotos o sacrifício de Jesus. A ideia é de que, como Jesus sacrificou-se por todos na cruz, os crentes deveriam também realizar um sacrifício, como a privação de algo que gostam ou carne.
Para a Quaresma o Papa Francisco propõe 15 simples atos de caridade que ele mencionou como manifestações concretas de amor:
1. Sorrir, um cristão é sempre alegre!
2. Agradecer (embora não “precise” fazê-lo).
3. Lembrar ao outro o quanto você o ama.
4. Cumprimentar com alegria as pessoas que você vê todos os dias.
5. Ouvir a história do outro, sem julgamento, com amor.
6. Parar para ajudar. Estar atento a quem precisa de você.
7. Animar a alguém.
8. Reconhecer os sucessos e qualidades do outro.
9. Separar o que você não usa e dar a quem precisa.
10. Ajudar a alguém para que êle possa descansar.
11. Corrigir com amor; não calar por medo.
12. Ter delicadezas com os que estão perto de você.
13. Limpar o que sujou, em casa.
14. Ajudar os outros a superar os obstáculos.
15. Telefonar para seus pais.
O MELHOR JEJUM
• Jejum de palavras negativas e dizer palavras bondosas.
• Jejum de descontentamento e encher-se de gratidão.
• Jejum de raiva e encher-se com mansidão e paciência.
• Jejum de pessimismo e encher-se de esperança e otimismo.
•Jejum de preocupações e encher-se de confiança em Deus.
• Jejum de queixas e encher-se com as coisas simples da vida.
• Jejum de tensões e encher-se com orações.
• Jejum de amargura e tristeza e encher o coração de alegria.
• Jejum de egoísmo e encher-se com compaixão pelos outros.
• Jejum de falta de perdão e encher-se de reconciliação.
• Jejum de palavras e encher-se de silêncio para ouvir os outros.
Hoje também inicia-se a Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016, que traz como tema "Casa Comum Nossa Responsabilidade.".
É hora de repensarmos nossas atitudes para com o nosso planeta e também para com o nosso próximo.
Precisamos arregaçar as mangas e, não só pensarmos, mas agir em prol do saneamento básico e de melhores condições de vida para a humanidade.
A tarefa não é tão fácil, mas é possível.
Temos um ano inteiro para pô-la em prática e, lançarmos muitas sementes, para que as próximas gerações possam colher seus frutos.