Existem aqueles que deixam de se arriscar com medo de "passar vergonha", eu particularmente não tenho esse receio, quero mesmo é me divertir... Mas aí estão algumas dicas e links para vocês conferirem o que não deve ser feito em casso de atolamentos.
Com cada vez mais cidades entupidas de gente, carros e todo tipo de traquitana motorizada sobre rodas, está se tornando cada vez mais comum as pessoas buscarem atividades ao ar livre para desopilar. E combinando esse comportamento à moda dos utilitários esportivos, geralmente equipados com tração nas quatro rodas, o litoral brasileiro tem servido de destino preferido dos donos destes veículos para exibir o potencial destes nas areias das praias. E como não seria diferente, com tanta gente novata que nunca sequer fez uma trilha de jipe na vida, botar os utilitários em terrenos tão inóspitos, sem os devidos cuidados e conhecimentos, pode acabar em mico e num baita prejuízo por causa de atolamento.
Carros em apuros
Muitos desses vexames acontecem por pura inabilidade e desconhecimento das características do automóvel por parte de seus donos. Pelo fato de possuir a famosa tração nas quatro rodas e ter altura livre do solo maior do que carros de passeio normais, as pessoas pensam que basta embicar a picape ou utilitário esportivo na areia ou no barro e desfilar placidamente como se estivesse no asfalto. Não é assim. As chances de transformar o passeio à beira-mar num martírio de mover 2 toneladas de aço para fora de um atoleiro são enormes, então é sempre bom tomar alguns destes cuidados nas dicas abaixo:
- Veja se no local é permitido o trânsito de veículos. Praias geralmente não são, a menos que sejam demarcadas pela autoridade de trânsito.
- Encontrou um local bacana à beira-mar para dirigir seu 4×4? Não fique muito perto da água, pois atolar por lá pode virar uma perda total por afogamento do automóvel.
- Use pneus apropriados para a prática off road. Pneus de asfalto não tem os sulcos necessários para dar aderência no barro ou sair de lamaçais e areiões.
- Ande equipado com pás e fitas de reboque para o caso de qualquer eventualidade, se precisar de auxílio.
Exemplos do que não fazer quando atolar
Com esses cuidados básicos, você evita alguns dissabores, como os vivenciados pelos exemplos mostrados abaixo. São exemplos de gente atolando em carros aparentemente preparados, mas que ao encontrarem obstáculos um pouco mais difíceis, empancaram na hora ou foram resgatados da forma equivocada. Vejam só:
A Saveiro ficou presa na areia e então buscou ajuda de uma Hilux. Mas daí algum teve a brilhante idéia de prender a cinta de reboque no suporte do motor, um local totalmente inapropriado para isso. O resultado dessa engenharia de fundo de quintal? Correia dentada rompida, motor entortado, capô amassado e um prejuízo estimado em 2.500 reais.
Lembra da dica acima de não ficar muito perto da praia com o carro? Justamente para não acontecer o flagra registrado no vídeo acima, onde nem a força de duas picapes foi suficiente para salvar a L 200 da fúria de uma maré alta.
Se você tem um 4×4, tome cuidado com dunas e bancos de areia. Se o assoalho encostar no chão, é quase como jogar uma âncora: por lá mesmo o carro ficará, a menos que chegue alguém com outro 4×4 para ajudar. Só espero que a ajuda seja um pouco mais inteligente que o carinha aí de cima, que estava puxando a Hilux SW4 para o lado errado.
Seu carro não tem tração integral, como o Tucson acima? Então nem se aventure na praia ou a chance de atolar na areia beira os 100%. De novo, um Troller salvou o incauto motorista.
Donos de superespotivos são cuidadosos e não costumam expor seus carros a terrenos difíceis, mas mesmo assim, não estão imunes a atoleiros. A vergonha pode ser maior ainda quando você é o presidente da mais famosa fábrica de superesprotivos do mundo e atola uma Ferrari California diante de centenas de pessoas. Assim aconteceu com Luca de Montezemolo, presidente da Ferrari, na apresentação de Fernando Alonso como piloto da Scuderia. Vergonha total!