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quarta-feira, 26 de agosto de 2020

O frio dói

Não ter um teto, agasalhos, alimentos quentes em noites frias como as que estamos enfrentado nos últimos dias dói. Dói não só fisicamente, mas provavelmente também dói na alma por lembrar os motivos pelos quais foram parar naquela situação.


Solucionar seus reais problemas não está em nosso alcance, mas muitos de nós, mesmo com pouco podemos amenizar essa situação. E tendo convicção disso os sócios e membros do Jeep Clube de Campos, na noite da última segunda-feira, esteve em algumas das ruas centrais de Campos para levar cobertores, alimentos e sobretudo sua solidariedade.

Para fazer a diferença na vida de pessoas em situação de rua não é preciso muito, mas é preciso ter empatia, compaixão e respeito pelo seu próximo.

Na "abordagem" feita nesta semana muitos dos que se aproximaram do grupo pediam por roupas (agasalhos), meias, toucas, sapatos, barracas, água e café. Coisas relativamente simples que podem estar sobrando em sua casa, mas que podem fazer toda a diferença na vida dos nossos irmãos.

Então, se puder faça! Faça hoje, não deixe para amanhã. Se puder fazer apenas por um, faça, pois o Pai sabe de sua realidade e possibilidades.

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Como professor já rodou mais de 1 milhão de km com seu Ford Verona

No mercado de carros usados, exemplares com alta quilometragem têm maior desvalorização, via de regra. No entanto, se o proprietário fizer todas as manutenções em dia, dá para rodar muito e deixar o veículo em perfeitas condições. Imagine, então, um automóvel com mais de 1 milhão de quilômetros rodados.

Creso Peixoto e a mulher Giselda Aparecida posam com o Verona 'highlander', 
que já alcançou 1,05 milhão de km em 28 anos Imagem: Arquivo pessoal

O engenheiro civil e professor Creso de Franco Peixoto, de 63 anos, é o proprietário de um Ford Verona 1.8 GLX 1990 a etanol que já percorreu 1.050.917 quilômetros e mantém fôlego para rodar ainda mais. 

Morador de Rio Claro, no interior paulista, Peixoto conta que adquiriu o Verona usado em setembro de 1992. Na época, o sedã já tinha rodado 26.433 quilômetros. 

A intenção inicial era ficar um bom período com o veículo, mas o engenheiro, que já foi piloto de avião, não imaginava que iria "casar" com o Verona e rodar tanto com ele. A união de homem e máquina está prestes a completar 28 anos.

Jornada registrada em planilha

"Muitos veem carros antigos e muito rodados de forma pejorativa. Quando o custo de propriedade sobe muito, a maioria conclui que é chegada a hora de vender. Mas, ao completar 200 mil km, decidi ficar com ele como objeto de estudo". 

Creso de Franco Peixoto decidiu usar seu Verona 1990 como um objeto de estudos 
Imagem: Arquivo pessoal

Professor como é, Peixoto até poderia publicar um trabalho acadêmico sobre o longo convívio com seu Ford. Desde a aquisição, ele documentou em planilha todos os gastos, manutenções e respectivas quilometragens. 

A marca de 1 milhão de quilômetros foi completada no fim de maio do ano passado, diz. Alguns meses depois, o professor universitário recebeu uma homenagem da Ford pelo feito. 

Como o respectivo hodômetro analógico tem apenas cinco algarismos, o marcador já foi zerado dez vezes.

Os números cuidadosamente anotados e calculados são de impressionar.

A média de quilometragem anual é de 35.714 quilômetros. Durante o tempo de convívio, ele estima já ter abastecido o Verona com cerca de 100 mil litros de etanol e colocou mais de 230 litros de óleo no motor. 

Incluindo o gasto com a aquisição do carro, ele calcula já ter desembolsado mais de R$ 300 mil. 

"É necessário fazer manutenção rigorosa para chegar a essa quilometragem. Desde a compra, realizo os serviços sempre com o mesmo mecânico a cada seis meses. Até os 200 mil quilômetros, segui estritamente os procedimentos descritos no manual do proprietário".

Motor já passou por 3 retíficas

Peixoto conta que durante todo esse tempo o motor já passou por três retíficas. Além disso, o chassi monobloco apresentou duas trincas, que exigiram reforços estruturais. 

Hodômetro do Verona já zerou dez vezes e proprietário documentou manutenções em planilha 
Imagem: Arquivo pessoal

A maior parte da rodagem aconteceu em trechos rodoviários, pois em determinada época o professor tinha quatro empregos e precisava de deslocar de Rio Claro para as cidades paulistas de Campinas, Ribeirão Preto, São Paulo e São Bernardo do Campo. 

A quilometragem também incluiu trechos de estradas de terra, nos quais, acredita, as trincas surgiram.

O engenheiro civil calculou o percentual dos custos com manutenção sobre os gastos totais com o passar dos anos e da quilometragem. Em 1992, eles eram de 8%; em 2014, subiram para 35%; em 2010, chegaram a 44%; e hoje estão em 29%. 

Ele também estimou as despesas por categoria ao longo de 28 anos: 38% são referentes ao combustível; 29% foram gastos com manutenção; 17% com estacionamento e pedágio; 8% com depreciação; 7% com seguro; e 1% com IPVA.

Verona de Peixoto passou por manutenção rigorosa, incluindo procedimentos preventivos
Imagem: Divulgação

Vale destacar que em 2010, quando seu Ford completou 20 anos de fabricação, o veículo ficou isento da cobrança do imposto. 

Por conta da pandemia, Creso Peixoto tem rodado pouco neste ano com o Verona, que já compartilhou com a mulher - ela hoje dirige um Hyundai HB20. 

Ele não cogita vender o sedã, pelo qual obteria cerca de R$ 8 mil, acredita. Também não pretende comprar outro veículo. 

"Olhando no retrovisor, meu Verona cumpriu bem sua função, apesar de trazer tecnologia ainda precária, considerando os tempos atuais", avalia.

"Olhando para a frente, pelo para-brisa, acredito que este é o momento de não ter mais carro. Em um mundo conectado, a necessidade de deslocamento físico vem caindo ano a ano. Hoje vale muito mais ter um cartão de crédito ou débito e usar os aplicativos de transporte individual".


sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Empresa restaura e moderniza o clássico TOYOTA BANDEIRANTE

Não foi divulgado o preço da reforma completa, mas pelo resultado, não foi barato...

HORAS DE TRABALHO E CENTENAS DE ESPECIALISTAS: ASSIM FOI A RESTAURAÇÃO DO TOYOTA LAND CRUISER FJ40 BANDEIRANTE (FOTO: DIVULGAÇÃO)

A empresa norte-americana Legacy Overland recuperou e melhorou um clássico conhecido dos brasileiros: o Toyota Bandeirante 1979. Segundo a companhia, foram centenas de horas trabalhando para conseguir trazer de volta à vida o clássico off-road, chamado em outros mercados de Land Cruiser FJ40.

A REFORMA INCLUIU MELHORIAS INÉDITAS NO TOYOTA BANDEIRANTE (FOTO: DIVULGAÇÃO)

O veículo foi totalmente desmontado e teve até as menores partes restauradas, remodeladas e reinstaladas. Por exemplo, o motor turbodiesel 2F de 4,2 litros recebeu novos pistões, anéis, rolamentos, polimento no virabrequim e usinagem das válvulas e outros componentes.

AR CONDICIONADO E SOM BLUETOOTH SÃO ALGUMAS DAS MELHORIAS DESSE CLÁSSICO 
(FOTO: DIVULGAÇÃO)

A caixa de câmbio de quatro marchas também foi reconstruída com sincronizadores e rolamentos novos. Para garantir a segurança desse clássico da velha guarda, o Bandeirante recebeu discos de freio nas quatro rodas, completados por rodas com calotas de 16 polegadas totalmente cromadas.

O INTERIOR TEM DETALHES EM PRETO E COURO CURTIDO, ALÉM DE UM ADICIONAL DE PORTA COPOS ENTRE O MOTORISTA E O PASSAGEIRO (FOTO: DIVULGAÇÃO)

Dentro da cabine, o interior tem detalhes em metal preto, com bancos revestidos de couro e uma caixa entre o motorista e o passageiro da frente, também em couro, com suporte para copos. Já a “multimídia” foi instalada com quatro alto-falantes da RetroSound, com visual retrô, bluetooth e entrada USB.

AS RODAS SÃO ESPECIFICAS PARA AGUENTAR QUALQUER TIPO DE TERRENO, EM ESPECIAL
 OS COM MUITA TERRA E LAMA (FOTO: DIVULGAÇÃO)

Também foi instalado um sistema de ar condicionado totalmente novo e que fosse compatível com a carroceria. A Legacy Overland não divulgou o nome do dono nem quanto custou para restaurar compeltamente o Land Cruiser FJ40 “Bandeirante”, mas não deve ter sido pouco.

sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Nova gasolina já está nos postos? Dá para identificar? Tire suas dúvidas

Desde ontem, passaram a valer as novas especificações da gasolina comercializada no Brasil, estabelecidas pela Resolução 807/2020 da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). 

A nova gasolina, que traz maior eficiência energética e a promessa de reduzir o consumo em até 6%, terá de ser oferecida em 100% dos postos do País em até 90 dias - contados a partir de ontem.

Nova gasolina é visualmente idêntica à antiga e já é vendida em boa parte dos postos desde o início deste ano
Imagem: Shutterstock

No entanto, o combustível de maior qualidade já é produzido pela Petrobras desde o início deste ano, de acordo com Rogério Gonçalves - especialista em novos produtos da estatal e diretor de combustíveis da AEA (Associação Brasileira de Engenharia Automotiva).

"Muita gente não sabe, mas já está rodando com a nova gasolina há muitos meses", revela. Segundo Gonçalves, aproximadamente 90% da gasolina vendida em nosso mercado é refinada pela Petrobras e não é possível identificar a nova especificação na bomba. 

A nova gasolina não traz nomenclatura específica e visualmente é idêntica à antiga, esclarece.

O engenheiro também informa que, ao contrário do que muitos pensam, a novidade não proporciona potência ou torque acima dos valores máximos informados pela montadora para determinado modelo. 

Porém, especificamente no caso de carros flex, a potência e o torque com gasolina de nova especificação podem subir. Muitos automóveis bicombustíveis têm desempenho consideravelmente maior quando utilizam etanol e essa diferença deve cair - especialmente em motores flex mais modernos, como os dotados de turbo e injeção direta. 

Por sua vez, a ANP informa que a empresa que for flagrada vendendo gasolina antiga após o prazo estará sujeita a processo administrativo, "com amplo direito de defesa e contraditório", que poderá resultar em multa de R$ 20 mil a R$ 5 milhões.

A Resolução 807/2020 estabelece prazo adicional de 60 dias para as distribuidoras se adequarem e dos já citados 90 dias para revendedores.

A Petrobras já havia adiantado que, a reboque da melhoria na qualidade, a nova gasolina é mais cara. No entanto, a empresa não informa uma estimativa de quanto o preço médio já aumentou ou vai aumentar.

"O preço do combustível é definido pela cotação no mercado internacional e outras variáveis, como valor do barril do petróleo, frete e câmbio. Portanto, esses fatores podem variar para cima ou para baixo e são mais influentes no preço do que o custo adicional de especificação", afirma a estatal. 

A Petrobras acrescenta que é responsável por apenas 30% do preço final da gasolina nos postos. "As demais parcelas são compostas por tributos, preço do etanol adicionado e margens das distribuidoras e revendedores".

Nova especificação

A nova especificação determina que a gasolina comum, seja importada ou fabricada no Brasil, tenha massa específica mínima de 715 kg/m³ e octanagem de pelo menos 92 octanas de acordo com a metodologia RON (research octane number ou método de pesquisa). 

O percentual de etanol anidro foi mantido em 27% para as gasolinas comum e aditivada e em 25% para a gasolina premium. 

Rogério Gonçalves explica que massa específica, em linhas gerais, é a densidade, enquanto a octanagem mede a resistência do produto à combustão - quanto mais alta, o combustível aceita maiores taxas de compressão e entrega mais desempenho. 

Por sua vez, quanto maior for a massa específica, maior será a densidade energética. 

A partir de janeiro de 2022, a gasolina comum nessa metodologia sobe para 93 octanas - a Petrobras, no entanto, adiantou-se e já produz esse combustível com a octanagem maior. 

Já a gasolina premium deve ter pelo menos 97 octanas, seguindo a nova metodologia. 

Esse novo parâmetro de octanagem, de acordo com a Petrobras, é "mais adequado às tecnologias de motores" mais recentes. 

Motor quebrado e alto consumo

A terceira mudança é o ajuste na curva de destilação, termo técnico para dizer que a nova gasolina é menos volátil, proporcionando funcionamento mais uniforme do propulsor.

Gonçalves acompanhou todo o processo que culminou na resolução da ANP. 

De acordo com o engenheiro, as discussões que levaram à alteração nas especificações do combustível derivado do petróleo tiveram início em 2017, após relatos de usuários e até de montadoras apontando aumento no consumo e até quebra de motores de veículos novos. 

"Começaram a aparecer muitas reclamações no mercado de usuários dando conta de elevado consumo. Ao mesmo tempo, montadoras passaram a reclamar de muitos casos de danos graves no motor, supostamente causados pela especificação inadequada da gasolina. A maioria causada por um fenômeno chamado de detonação, que pode até quebrar pistão"

Rogério Gonçalves conta que, a partir daí, foram analisadas amostras de combustível de veículos e criou-se uma comissão técnica encarregada de encontrar a origem do problema, em conjunto com montadoras e sistemistas e ANP. 

"Constatamos que a octanagem segundo a metodologia RON, que é o parâmetro usado na Europa, apresentava octanagem baixa demais", ajudando a explicar parte dos problemas de consumo, além dos danos ao motor." 

Foi realizada audiência pública em 2019, para colher opiniões da sociedade em geral, e no início deste ano saiu a resolução da ANP determinado as melhorias na qualidade do combustível comercializado no Brasil.

sábado, 1 de agosto de 2020

Agradecimentos - 16ª Romaria de São Cristóvão

Reafirmo que sem o apoio, credibilidade e participação de cada um de vocês esta festa não aconteceria. Que possamos a cada ano fortalecer nossa fé e renovarmos as bênçãos!


 Mesmo em um tempo "recorde" vocês acreditaram e fizeram acontecer.
Muito obrigado a todos!