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Perguntas frequentes: Doação de medula óssea
A doação de medula óssea é importante para o tratamento de pacientes com doenças que comprometem a produção normal de células sanguíneas, como as leucemias, além de portadores de aplasia de medula óssea e síndromes de imunodeficiência congênita. Entenda como se inscrever para ser um doador voluntário e como é realizado o procedimento.
O que é medula óssea?
A medula óssea, encontrada no interior dos ossos, contém as células-tronco hematopoéticas que produzem os componentes do sangue, incluindo as hemácias ou glóbulos vermelhos, os leucócitos ou glóbulos brancos que são parte do sistema de defesa do nosso organismo, e as plaquetas, responsáveis pela coagulação.
Quem necessita de transplante de medula óssea?
Pacientes com doenças que comprometem a produção normal de células sanguíneas, como as leucemias; além de portadores de aplasia de medula óssea e síndromes de imunodeficiência congênita.
No caso específico das leucemias, é importante lembrar que a indicação de transplante irá depender do tipo de leucemia e da resposta inicial ao tratamento com quimioterapia e, em muitas situações, a doença pode ser curada, apenas, com tratamento convencional com quimioterapia e/ou radioterapia.
Quem pode doar medula óssea?
Para se tornar um doador de medula óssea é necessário:
- Ter entre 18 e 55 anos de idade
- Estar em bom estado de saúde
- Não ter doença infecciosa transmissível pelo sangue (como infecção pelo HIV ou hepatite)
- Não apresentar história de doença neoplásica (câncer), hematológica ou autoimune (como lúpus eritematoso sistêmico e artrite reumatoide).
Como é realizado o procedimento para ser um potencial doador de medula óssea?
Para o cadastramento, o doador deve apresentar um documento original de identidade e preencher um formulário com suas informações pessoais. Além disso, será necessária a coleta de uma amostra de sangue (5 ml) para testes de tipificação HLA – fundamental para a compatibilidade do transplante. Estes dados serão incluídos no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) e, em caso de identificação de compatibilidade com um paciente, você será contatado para realizar outros testes.
O que é o Redome?
O Redome é o Registro de Doadores Voluntários de Medula Óssea, responsável pela manutenção das informações de todos os doadores voluntários de medula óssea cadastrados no Brasil e pela identificação de possíveis doadores para pacientes brasileiros. Esta atividade está sob coordenação do INCA. Para maiores informações, acesse http://redome.inca.gov.br/
O que o doador deve fazer depois de ser cadastrado no Redome?
O cadastro do doador permanecerá ativo no Redome até ele completar 60 anos de idade e, assim, ele poderá ser selecionado para um paciente ao longo de toda a sua vida. Por este motivo, é importante que o doador mantenha seus dados pessoais atualizados – o que pode ser feito através do site do Redome - http://redome.inca.gov.br/doador-atualize-seu-cadastro/.
Quais as chances de encontrar um doador compatível de medula óssea?
Em função das características genéticas do sistema HLA, esta chance é de 30% entre irmãos e muito menor quando buscamos doadores não-aparentados. Por este motivo, existem os Registros de Doadores Voluntários em diferentes países, totalizando mais de 33 milhões de doadores no mundo. O Redome é, hoje, o terceiro maior registro e representa, para os pacientes brasileiros, a maior chance de encontrar um doador não-aparentado.
O que acontece com o doador de medula óssea antes da doação?
Uma vez identificado um potencial doador compatível, ele é contatado e convidado a realizar novos testes de compatibilidade e uma avaliação clínica e laboratorial. Confirmada a compatibilidade com o paciente e o bom estado-de-saúde do doador, a doação é agendada. Este processo costuma levar 60 dias e não é necessária nenhuma mudança de hábitos de vida, de trabalho ou de alimentação.
Onde se inscrever para ser um doador voluntário de medula?
O cadastro de doadores voluntários no Redome é realizado nos hemocentros de todo o país que podem, ainda, organizar campanhas em diferentes locais da sua cidade – procure seu hemocentro para obter informações sobre dia e horário. A lista completa está disponível em http://redome.inca.gov.br/doador/hemocentros/.
Como é realizada a doação de medula óssea?
A coleta das células-tronco hematopoéticas é realizada em centros de transplante ou hemocentros públicos ou privados de todo o país autorizados pelo Ministério da Saúde e existem duas maneiras de obter estas células.
Na coleta de medula óssea, o procedimento ocorre em centro cirúrgico, sob anestesia peridural ou geral, e requer internação de 24 horas. As células serão coletadas através de punções na região pélvica posterior (osso do quadril) e dura cerca de 90 min.
Na doação por aférese, as células são coletadas diretamente da corrente sanguínea, através de um procedimento de aférese que dura cerca de 3 a 4 horas mas, neste caso, o doador deverá receber uma medicação por 5 dias para estimular as células-tronco.
Como é feita a escolha da fonte de células-tronco hematopoéticas para doação?
O médico responsável pelo tratamento do paciente, irá indicar qual a fonte selecionada para transplante – medula óssea ou aférese - e o médico que avaliar o doador, irá discutir com ele os prós e os contras de cada método.
Quais são os riscos para os doadores de medula óssea?
Na doação por punção da medula óssea, o doador costuma relatar dor no local da punção (quadril) que tende a desaparecer em alguns dias. A maioria dos doadores consegue retornar às suas atividades habituais após uma semana. Na doação por aférese de sangue periférico, o doador pode apresentar um quadro gripal durante o uso da medicação para estimular as células-tronco hematopoéticas mas poderá retornar às suas atividades no dia seguinte à doação. É importante mencionar que todas estas questões serão discutidas com o doador durante sua avaliação clínica.
Quanto tempo medula leva para se recompor?
As células-tronco hematopoéticas se proliferam naturalmente e, por este motivo, cerca de duas semanas após a doação o organismo estará recuperado.
Como os pacientes recebem a medula óssea?
Depois de um tratamento que destrói sua própria medula óssea com quimioterapia e/ou radioterapia, o paciente receberá a nova medula por meio de uma transfusão. Em três semanas, a medula transplantada já estará produzindo células novas.
Organização Mundial de Doação de Medula Óssea apoia campanha em Campos
A expectativa inicial do grupo é cadastrar em torno de dois mil doadores voluntários de medula óssea em Campos. Campanha será realizada nos dias 18 e 19 de outubro.
As diretrizes para a Campanha de Cadastro para Doadores de Medula Óssea, que acontecerá em Campos nos dias 18 e 19 de outubro deste ano, num encontro que reuniu representantes de diversos segmentos da comunidade, familiares de pacientes portadores de leucemia, além das equipes do Hemocentro Regional de Campos e do Laboratório de Histocompatibilidade e Criopreservação (HLA) da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).
A expectativa inicial do grupo é cadastrar em torno de dois mil doadores voluntários de medula óssea em Campos. Durante os dois meses que antecederão à campanha será produzido material de divulgação, com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da doação, um processo considerado simples.
- Os cadastros dos doadores serão inseridos no banco de dados do Registro Nacional de Doadores de Medula (REDOME) - explica Mônica Falci, coordenadora da equipe do Laboratório de HLA-Uerj, responsável pelos cadastros de medula em campanhas externas.
O transplante de medula óssea é a única esperança de cura para milhares de portadores de leucemia e de outras doenças do sangue e do sistema imunológico. O paciente que precisa de transplante de medula tem 25% de chance de encontrar um doador compatível entre irmãos do mesmo pai e da mesma mãe. Quando não é encontrado um doador na família, procura-se então um compatível que esteja inscrito no REDOME. Cerca de 70% dos pacientes recorrem ao banco de dados do REDOME e até mesmo do exterior.
- O transplante substitui a medula doente por uma saudável, fazendo com que o organismo do paciente passe a produzir, novamente, células de sangue - explica a diretora do Hemocentro Regional de Campos, Sandra Chalhub. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), dos 11 tipos de câncer mais incidentes no Brasil, a leucemia ocupa o 8º lugar entre os homens e o 11º entre as mulheres. Os dados são de 2018.
“As pessoas envolvidas na campanha de doação de medula em Campos têm um sentimento em comum: salvar vidas”, diz Chalhub, que comemora também o apoio do presidente da Organização Mundial de Doação de Medula Óssea, o médico australiano Jeff Szer, com quem esteve neste último fim de semana, durante congresso sobre Doença de Gauchë.
- É meu prazer estar no Brasil e ter a oportunidade de passar uma mensagem neste dia do Doador de Sangue, uma grande ocasião para se aumentar o banco de doadores. É algo incrível que todo mundo pode fazer: salvar vidas e aumentar a qualidade de vida para pacientes com doenças sanguíneas e outras desordens. Parabenizo a todos pelo trabalho que fazem e recomendo a todas as pessoas: tornem-se doadores para salvar vidas no Brasil e em todos os outros lugares. Muito obrigado a todos vocês, em nome da Organização Mundial dos Doadores e de todos os pacientes de transplantes - disse Jeff Szer, em mensagem gravada.
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