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quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Depressão e suicídio: um desafio para todos nós

Nos dias contemporâneos as redes sociais escancaram a felicidade, o sucesso e as melhores fotos de muita gente para o todo o planeta conectado. Paralelamente, a Organização Mundial de Saúde (OMS), neste ano de 2018, relatou que o suicídio é a segunda principal causa de morte em pessoas de 15 a 29 anos de idade.


No mundo todo estima-se que um dia aproximadamente 2.191 pessoas se suicidem. Isso significa 800.000 suicídios por ano. Estes números são alarmantes e desnudam uma outra situação correlata que também merece toda nossa atenção: a depressão, cujos índices também aumentam progressiva e preocupantemente em todos os continentes.

Segundo a OMS aproximadamente 300 milhões de pessoas no mundo tem depressão. As crianças e os adolescentes estão incluídos nestas estatísticas.


As causas para o aumento da depressão e do suicídio, especialmente entre adolescentes e adultos jovens ainda merece mais estudos especializados. Não há dúvida de que as razões são multifatoriais, envolvendo fatores de ordem social, biológica e psicológica. Para cada pessoa pode haver o predomínio de um destes fatores, especificamente.


Cabe a nós todos, no entanto, estarmos atentos às pessoas – principalmente adolescentes - que estão à nossa volta. Muitas vezes emanam sinais silenciosos, que podem passar desapercebidos. As pessoas com depressão tendem a faltar com frequência e sem explicação ao trabalho ou faculdade; demonstram pouca capacidade de concentração nas atividades cotidianas, a autoestima fica mais baixa, pode haver descuido com a aparência pessoal, muitos perdem o apetite e emagrecem, o sono fica prejudicado e o cansaço é evidente.

Disponibilizar-se para uma conversa calma e tranquila, onde mais se ouve do que se fala, sem julgamentos desnecessários, pode ser a primeira forma de ajudar quem precisa. Encaminhar para um tratamento especializado é essencial.


Vamos ficar atentos: a depressão e o suicídio são desafios para todos nós.

"Em janeiro João tinha toc, foi chamado de bobo.
Em fevereiro Paula era bipolar, e a chamaram de doida.
Em março Júlia tinha crises de ansiedade, e diziam para ela se focar no presente.
Em abril Leandra tinha anorexia, e ouvia as pessoas rindo e falando dela.
Em maio Maria teve síndrome do pânico, e disseram que era frescura.
Em junho Pedro teve depressão, e foi chamado de fraco.
Em julho Lucas descobriu a esquizofrenia, e disseram que era invenção da cabeça dele.
Em agosto Daniel teve transtorno da personalidade borderline,
 e falavam que ele queria chamar atenção.
Em setembro tudo ficou Amarelo, as pessoas começaram a entender todos os problemas
 e nos estenderam a mão, nos medicaram e postaram textos em suas redes sociais para nos apoiar. 
Porém em outubro continuaram a nos chamar de loucos, fracos, e diziam que nos faltava fé. 
"Sua vida é tão boa!", "Como pode reclamar?", eles diziam.
Em novembro Pedro se matou, "Mas era tão jovem!",
 "Era uma boa pessoa", porém tudo que Pedro queria era que todos os meses fossem amarelos também, que os julgamentos acabassem e que as pessoas realmente entendessem 
que os problemas psicológicos não são escolha nossa, 
e que nós precisamos de ajuda não só em setembro, mas em todos os meses. 
Então a partir de hoje faça o Setembro Amarelo ser presente em todos os dias do ano, 
pois agora mesmo você pode estar ao lado de um Pedro e não sabe."
(Desconheço o autor)
  

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